Assange: seu crime foi não se prostrar às "razões de Estado" |
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta 5ª feira (11) pela polícia inglesa na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado desde 2012.
A prisão aconteceu depois que o presidente equatoriano, Lenin Moreno, suspendeu o asilo que concedia a Assange.
O pretexto, desta vez, foi o de que o fundador do WikiLeaks teria violado os termos acordados para permanência na embaixada.
O pretexto, desta vez, foi o de que o fundador do WikiLeaks teria violado os termos acordados para permanência na embaixada.
O presidente traíra anterior, Evo Morales, usou outra desculpa esfarrapada ao liberar o território boliviano para a caça a Battisti. Não iludiu ninguém, claro.
Evo Morales com Lenin Moreno: indignos e repulsivos! |
Assim como o novo traíra não iludirá: Deus e o mundo sabem que o verdadeiro motivo foi o de se prostrar aos desígnios dos EUA, que querem aplicar punição exemplar a Assange por ter revelado ao mundo parte da podridão que mantinham em segredo.
Segundo a Reuters, o Equador teria recebido uma garantia britânica de que Assange não seria extraditado para um país onde possa ser condenado à morte (nos EUA, o crime de espionagem comporta a pena capital). A mesma garantia tinha Battisti, com relação à prisão perpétua...
3 comentários:
Hoje vimos dois atos de supressão da liberdade individual promovidos pelo Estado, com seu aparelho repressor: a entrega de Assange e a prisão de Danilo Gentili.
O leviatã é o mal, não à solução para todas as coisas como querem os hegelianos.
Assange preso, humorista condenado à prisão por fazer piada com parlamentar...onde vamos parar? A era digital não seria o auge da liberdade individual? Foi o que nos prometeram, mas estamos vendo é uma escalada totalitária.
O politicamente correto e sua consequente polícia do pensamento são sinais disso.
O que aconteceu com o Assange foi um fato político de primeira grandeza (no mau sentido) enquanto o caso Maria do Rosário-Danilo Gentili não passa de um factoide. Mantenhamos o senso das proporções.
Eu sou da velha guarda. Para mim, enquanto a pessoa tem como se defender por si mesma, não deve recorrer à polícia e à Justiça. Até por eu não ver o Estado como um ente isento e imparcial, que nos acode quando precisamos, mas sim como um instrumento de poder da classe dominante.
Nunca busquei a via judicial para responder a insultos, difamações, calúnias, etc. Minha voz e meus escritos bastam.
Se fosse me guiar por simpatia pelos personagens, ficaria ao lado da Maria do Rosário nesse imbroglio. Mas, mantendo a coerência com o que sempre defendi na vida, sou obrigado a afirmar que ela exagerou e a Justiça mais ainda (pois, claro, não era, nem de longe, caso de prisão).
Se a moda pega, todo mundo vai levar suas miudezas do cotidiano aos tribunais e conseguiremos tornar a vida no Brasil pior ainda do que já é.
Isso é coisa dos EUA, onde seres humanos não conseguem mais resolver seus problemas como seres humanos e os advogados ganharam uma importância desmesurada.
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