Como se não bastasse a gafe cometida pelo general Hamilton Mourão ao qualificar índios de indolentes e africanos de malandros em plena campanha eleitoral de um país tão miscigenado como o Brasil, o cabeça da chapa, Jair Bolsonaro tentou socorrê-lo e só fez aumentar o estrago.
Enquanto o primeiro revelou total falta de tato, o segundo escancarou que o idioma pátrio é para ele território minado, ao perguntar:
"O que é a indolência? É a capacidade de perdoar? Veja aí no dicionário. É a capacidade de perdoar? O índio perdoa. Não é isso?"
Não, Pedro Bó, indolência significa, em primeiro lugar, ausência de dor, mas o sentido mais conhecido é o de preguiça.
A confusão do Bolsonaro foi com o termo indulgência.
P. ex., poderíamos ser indulgentes caso um cidadão comum cometesse tal erro, mas não com quem pretende ser presidente da República mas não consegue lidar com uma situação destas sem passar recibo de que ignora o que um candidato deveria saber.
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