terça-feira, 27 de março de 2018

AS VIÚVAS DA DITADURA APAGARÃO SUAS 54 VELINHAS ENSANGUENTADAS... EM PLENO SÁBADO DE ALELUIA!

No dia 31 de março de 1964, o general Olympio Mourão Filho, sedento de glória, antecipou-se ao cronograma dos golpistas e partiu com suas tropas de Juiz de Fora, MG, rumo ao Rio de Janeiro, pela BR-3 (hoje rodovia BR-040).

A longa marcha desse incrível exército Brancaleone começou na madrugada de 31 e terminou no dia 2.

O que mais houve no próprio dia 31 foram militares e políticos se contatando para discutirem qual lado apoiariam. O desfecho era incerto.

Então, a data que realmente caracteriza a tomada de poder pela ultradireita é o dia 1º de abril, quando, lá pelo meio-dia, João Goulart iniciou sua fuga, primeiramente para Brasília, depois para o Rio Grande do Sul.

A debandada presidencial foi interpretada pelos chefes militares como indício seguro de que ele estava derrotado. Então, passaram a aderir em massa à quartelada, tornando-a irreversível.

Mas, por motivo meramente propagandísticos, os farsantes preferiram batizar o golpe de revolução de 31 de março, empilhando mentiras (não foi revolução nem aconteceu em tal data) enquanto faziam contorcionismos para escaparem da identificação com o dia da mentira (1º de abril).

Bem, já que até hoje eles martelam tanto sua versão falaciosa, vou dar-lhes razão neste ano: OK, foi no dia 31. Podem sair na calçada da avenida Rio Branco (onde fica a sede central do Clube Militar no RJ) gritando Viva a Morte!.

[Ôps, desculpem o meu lapso. Este slogan pertencia aos fascistas espanhóis, não aos fascistas brasileiros. Enfim, é tudo farinha do mesmo saco...]

Só lhes recomendo que tomem cuidado com a repulsa que suas exaltações de atrocidades causam no cidadão comum. Afinal, todos sabemos o que o povo costuma fazer com personagens odiosos no sábado de Aleluia. E ninguém gosta de ver seu nome afixado em bonecos que são malhados e queimados pela multidão...

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