domingo, 25 de junho de 2017

REQUIÃO, QUE QUER SER VICE DE LULA EM 2018, JÁ FOI CONDENADO POR FRAUDE ELEITORAL E SAIU PELA TANGENTE.

E mais cuidado ainda com o Requião!
Não é só o caráter conciliador e anacrônico das propostas econômicas da tal Frente de defesa da soberania nacionalista sem xenofobia, dissecadas por Dalton Rosado num artigo memorável, que compromete tal articulação, cujo objetivo fragrante é catapultar o senador Roberto Requião para companheiro de chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição do ano que vem.

É também o prontuário de Requião, um exemplo emblemático do jeitinho brasileiro para evitar que poderosos fossem para trás das grades mesmo quando apanhados com a boca na botija ou empunhando o revólver fumegante ao lado do cadáver.

Requião é nada menos do que o bem sucedido autor de uma das mais chocantes tramoias para fraudar eleições já vistas neste país.

No final do horário eleitoral gratuito do segundo turno da eleição para governador paranaense de 1990, a campanha de Requião colocou no ar um vídeo apropriadamente gravado no Paraguai (o país não poderia ser outro...), no qual um indivíduo mal encarado se apresentava como Ferreirinha e dizia ser um pistoleiro foragido.

O tal  Ferreirinha  contou que, a mando da família do adversário de Requião, José Carlos Martinez, expulsara e matara os sem-terra que invadiam sua propriedade.
Eis como o tal motorista foi mostrado no horário eleitoral

O impacto da denúncia teve peso decisivo para que Requião, apontado como provável perdedor pelas pesquisas, virasse o jogo na última hora.

Depois a farsa foi desmascarada: o suposto pistoleiro não passava de um pacífico motorista desempregado e, inclusive, era novo demais para haver cometido os homicídios alegados.

O Tribunal Regional Eleitoral condenou Requião por fraude eleitoral. Ele teve seu mandato cassado, mas recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e, usando os infinitos recursos protelatórios à disposição de quem pode bancar advogados caros, foi conseguindo evitar a confirmação da sentença até cumprir integralmente seu mandato espúrio. O processo foi, então, arquivado sem julgamento de mérito.

Vice não é exatamente uma mera formalidade quando o cabeça de chapa, se eleito, terá 73 anos de idade ao assumir a Presidência da República. Merecerão os brasileiros ser governados por um estelionatário eleitoral impune?!

2 comentários:

marcosomag disse...

Roberto Requião é um excelente Senador. Um dos poucos defensores da soberania nacional dentro de um Congresso Nacional de corruptos vinculados financeiramente aos EUA como foram aqueles que deram o Golpe em 1964. Quanto a ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula, não há chance. O PMDB corrupto de Cunha, Rocha Loures, Temer e tantos outros é ampla maioria. Quanto a um erro do passado cuja autoria nunca ficou clara se foi do candidato ou do marqueteiro é uma questão menor diante do terrível projeto que está sendo colocado em execução contra o futuro do Brasil, e contra qual o Senador Roberto Requião é uma das poucas vozes no Senado Federal. Um país que está com todos os seus setores modernos da economia sendo destruídos pela "Operação Lava-Jato", com a gigantesca riqueza do Pré-Sal sendo entregue sob muita corrupção e petroleiras estrangeiras, com parte do território sendo alienado a estrangeiros e que, para que tenham lucros, todas a leis de proteção ao trabalho e ao meio-ambiente estão sendo destroçadas não pode perder tempo com uma questão menor que ocorreu uma geração atrás. Até o "Capeta" serviria de aliado neste momento. Ou então, seremos daquí a pouco tempo um Grande Haití, sem qualquer possibilidade de recuperação econômica e social e com 240 milhões de desesperados vagando sem escola, assistência médica, emprego ou pensão na velhice pelas inchadíssimas cidades brasileiras, sem qualquer boa perspectiva em suas vidas.

celsolungaretti disse...

Marcos,

defenda quem quiser, mas não ofenda nossa inteligência. Dizer que a última e desesperada tentativa de virar uma eleição praticamente perdida por meio de uma fraude dessas possa ter sido iniciativa isolada do marqueteiro, sem conhecimento do candidato, não cola de jeito nenhum. Assim como a decisão final sobre a linha de defesa adotada pelos advogados é sempre do réu. Ao aceitar que retardassem o desfecho com artifícios legais, Requião simplesmente reconheceu que a condenação era justa e impossível de desfazer. Inocentes não buscam a prescrição, brigam pela absolvição. Então, independentemente de outros méritos que pudesse ter (discordo de que os tenha), Requião não possui as mínimas condições morais de ser presidente do Brasil. E um vice pode sempre herdar a cadeira.

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