O castelo de cartas d'O Globo, do procurador-geral Rodrigo Janot e do ministro do Supremo Edson Fachin desabou de vez: o diálogo entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer não foi igual ao que os ventos levaram até a redação do jornal carioca e depois o relator do STF tornou acessível àqueles para quem informações sigilosas não caem do céu. Trata-se de uma fraude – e das mais toscas!
Como prova, não vale nada. Vai para o lixo juntamente com tudo que tiver a mesma origem, pois a credibilidade de um fraudador é nenhuma.
Eis como a Folha de S. Paulo relatou sua apuração jornalística:
"Uma perícia contratada pela Folha concluiu que a gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer sofreu mais de 50 edições.
O laudo foi feito por Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Segundo ele, o áudio divulgado pela Procuradoria-Geral da República tem indícios claros de manipulação, mas 'não dá para falar com que propósito'.
Afirma ainda que a gravação divulgada tem 'vícios, processualmente falando', o que a invalidaria como prova jurídica.
'É como um documento impresso que tem uma rasura ou uma parte adulterada. O conjunto pode até fazer sentido, mas ele facilmente seria rejeitado como prova', disse Santos.
Segundo disse à Folha a Procuradoria, a gravação divulgada é 'exatamente a entregue pelo colaborador e sua autenticidade poderá ser verificada no processo'.
'Foi feita uma avaliação técnica da gravação que concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente', declarou a Procuradoria na noite desta sexta (19)".
CRIME PERFEITO?
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A pergunta que não quer calar é: o tal Joesley ainda pode ser alcançado pela Justiça brasileira ou cometeu o crime perfeito? Que nos informem as autoridades logradas.
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| Joesley foi empreendedor do ano. Que prêmio ganhará agora? |
Quanto a'O Globo, tem mais é de pedir desculpas ao Brasil inteiro, pois seu furo cheio de furos inquietou milhões de brasileiros, provocou alvoroço na política e pânico nos mercados.
O advogado de Temer, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, já manifestara sua estranheza com relação às regalias concedidas a Joesley e seu irmão :
"Quem está examinando essa delação com cuidado chega à conclusão de que os benefícios [que Joesley obteve com a delação] são inusitados e inusuais. Dificilmente um delator porta passaporte. Eles não apenas mantiveram o documento como estão mudando o domicílio fiscal [para os EUA]. Causaram prejuízos institucionais e morais ao Brasil mas tiveram ganhos, comprando dólar na baixa e comprando ações da própria empresa por preços mais baixos".
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| A barriga do ano |
Trata-se de uma alusão ao fato de que a JBS comprou dólar na véspera do vazamento dos áudios da delação premiada da empresa. No dia seguinte, o preço da moeda explodiu no Brasil.
Mariz de Oliveira também questionou a permissão que as autoridades concederam a Joesley, para viajar a Nova York. E disse mais:
"Ele [Joesley] lançou uma infâmia sobre o presidente e foi embora do país,
Eles [os dois irmãos] receberam salvo-conduto por todos os crimes e delitos que cometeram. Tiveram como pena a devolução de uma parte irrisório do dinheiro [que dizem ter gastado em propina], tudo isso com o beneplácito das autoridades".
Pouco antes de ser divulgado o xeque-mate que a Folha deu no assunto, eu colocara no ar meu artigo Há algo de podre no reino da Lava-Jato. Nunca uma análise minha havia sido confirmada com tanta rapidez pelos fatos...
3 comentários:
O que é o valor da experiência!
Também senti que havia uma falcatrua, pois você e o Dalton estão sempre lembrando, e mostrando nuances, do que é uma sociedade infectada pelo capitalista e seu fetiche mor. Porém, pensei que os caras estavam querendo colocar jacobinos para impor as medidas cruéis que engendram.
Você de pronto percebeu que eram aves da família Ramphastidae. Longos bicos ocos, mas de mordida fraca, trato digestivo curto e penas multicoloridas....
A casa caiu, mas será que as medidas econômicas continuarão em pauta?
Afinal, o meirelles foi do Original o banco da JBS.
Manter a JBS funcionando é atitude correta. Já critique em comentários no seu site a destruição na economia que a famigerada "Operação Lava-Jato" estava começando a provocar. O resultado está aí: destruição dos setores de petróleo, construção pesada e indústria naval, e suas respectivas cadeias de produção. Tentaram fazer o mesmo com o setor de carnes processadas, no qual o Brasil é vanguarda mundial. Só não conseguiram pois a oligarquia rural, elite mais tradicional do país cujas origens remontam ao ciclo da cana-de-acúcar no século XVII reagiu e parou a sangria que havia sido desatada pela chamada "Operação Carne Fraca". É ilusão acreditar na "República de Curitiba" e suas punições a grandes capitalistas pois qualquer delação premiada na qual a palavrinha mágica "Lula" seja pronunciada garante a impunidade imediata do delator. Alberto Youssef foi condenado a 26 anos de prisão, mas já está na rua. Marcelo Odebrecht seguirá o mesmo caminho em poucos meses, e assim acontecerá com Léo Pinheiro e todos os demais. E o jornal da "famíglia" Frias apenas tentar livrar Temer pois depende muitíssimos de verbas estatais para mitigar a grave crise financeira por qual passa agora. Não tem garantia alguma de que continuaria a receber tanto do Estado caso Temer caia pois a Rede Globo está comandando o processo político (junto com o consórcio EUA/Moro) e quererá poder total sobre a SECOM caso consiga remover o agora incômodo golpista e colocar alguém como Carmen Lúcia ou Henrique Meirelles em seu lugar. Quem perdeu neste processo foi o trabalhador, que ficou sem emprego e agora, tem seus direitos ameaçados.
O trabalhador perde é com a fixação da esquerda em Brasília. Nunca os explorados conseguirão vitórias consistentes no jogo de cartas marcadas dos 3 podres Poderes. A democracia burguesa serve ao capitalismo (dá-lhe sustentação institucional), não a nós. Então, temos é de voltar a organizar os trabalhadores para travarem as lutas sociais com êxito cada vez maior, aguçando as contradições, até conseguirmos colocar em xeque o poder central. Enquanto continuarmos hipnotizados pelas miragens de Brasília, não priorizaremos o que realmente precisamos priorizar: as ruas e os locais de trabalho. Temos de ir aonde o povo está e fugirmos de onde os políticos profissionais estão, se não quisermos ficar até o final dos tempos patinando sem sair do lugar.
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