terça-feira, 16 de maio de 2017

NADA CONTRA O PUBLICITÁRIO QUE MORREU, TUDO CONTRA SEU OFÍCIO.

A morte do publicitário José Zaragoza, um dos fundadores da DPZ, motivou uma interessante troca de ideias no Facebook, da qual participei. Eis algumas intervenções. 

"Nunca gostei de publicitários. Meu primeiro estagio, de um dia, foi numa dessas agencias: me puseram fechada numa sala para endeusar um... trator. Saí dali correndo, certa de que jamais seria minha profissão. 

Ao longo da vida, acompanhando as escrotas propagandas brasileiras — contra mulheres, contra pobres, etc. —, meu conceito sobre esta que é a mais deslavada expressão do capitalismo só se solidificou." (Elizabeth Lorenzotti)

"Já trabalhei em agências e sei que é através delas que são feitos grandes desvios. Não existe uma forma de fazer concorrência através de anúncios e filmes publicitários e através de veiculação. Cada trabalho custa o preço que quiserem colocar." (Iuri Felix Nunes)
"O Zé Celso Martinez Correa disse tudo: 'Os publicitários são filhos de Goebbels'. Não passam de parasitas, impingindo-nos produtos, ideias e valores inúteis mediante as mais avançadas técnicas de manipulação dos instintos e das consciências." (CL)

"Observe que o termo certo para designá-los seria 'propagandistas'. Eles não gostam, é claro, porque isso trai seu DNA canalha." (Rogério Fernando Furtado)

"Jornalistas são piores..." (José Abílio Perez)

"Ambos podem matar." (Elizabeth Lorenzotti)

"Há uma diferença fundamental. A missão de um jornalista é tornar a verdade acessível ao cidadão comum; evidentemente, a maioria não o faz, mas há exceções que enobrecem a profissão. Já o publicitário tem a missão de impingir ao cidadão comum o lixo do seu contratante, da forma mais convincente e sedutora possível. Os primeiros se prostituem pelo caminho, os publicitários já dão a largada prostituídos." (CL)

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