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| Ele sairá da prisão bem diferente do que entrou |
Foi justa a decisão da 2ª turma do Supremo Tribunal Federal, de revogar a prisão preventiva do Zé Dirceu.
Era a chamada forçação de barra, uma forma de antecipar as penas que ele terá de cumprir caso suas condenações, perfazendo 32 anos e um mês de prisão, sejam confirmadas. Para que mais? Fica uma forte impressão de ânimo adverso, o que é bem diferente de espírito de justiça.
Zé Dirceu durante bom tempo acalentou a esperança de um indulto natalino. Mas, a ex-presidente Dilma Rousseff tinha outras prioridades, como a de se demonstrar uma presidente em quem os poderosos da economia pudessem confiar.
Não adiantou nada, foi chutada mesmo assim. E o Zé agora recupera a liberdade graças... ao Gilmar Mendes, que desempatou em seu favor a votação que estava 2x2!
Há muito defendo que, no seu caso, seja adotada uma solução diferente de simplesmente manter-se um septuagenário inofensivo mofando na prisão.
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| O reacionário empedernido o tratou melhor do que a companheira de ideais... |
Em fevereiro de 2016, p. ex., escrevi:
"Lembro-me de 1968, quando o Zé nos tratava de forma respeitosa, sem a mistura de empáfia e paternalismo característica de outros líderes universitários, para os quais os secundaristas não passávamos da 2ª divisão do movimento estudantil.
Fico triste ao pensar que voltou ao cárcere depois de décadas (é um pesadelo que estraga o sono dos antigos presos políticos!).
Fico perplexo com o abandono a que o relegou o PT, como se fosse a erva daninha de um partido de vestais. Quanta hipocrisia!
Fico indignado ao ver tão pouca solidariedade dos antigos companheiros para com um personagem que, apesar de erros cometidos, escreveu páginas marcantes da história da esquerda brasileira.
E mais indignado ainda ao perceber que, para eles, até um reles Delcídio é mais merecedor dos seus préstimos do que o anjo caído Dirceu".
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