Dentro de menos de um mês o Zé Dirceu se tornará septuagenário.
Lembro-me de 1968, quando o Zé nos tratava de forma respeitosa, sem a mistura de empáfia e paternalismo característica de outros líderes universitários, para os quais os secundaristas não passávamos da 2ª divisão do movimento estudantil.
Fico triste ao pensar que voltou ao cárcere depois de décadas (é um pesadelo que estraga o sono dos antigos presos políticos!).
Fico perplexo com o abandono a que o relegou o PT, como se fosse a erva daninha de um partido de vestais. Quanta hipocrisia!
Fico indignado ao ver tão pouca solidariedade dos antigos companheiros para com um personagem que, apesar de erros cometidos, escreveu páginas marcantes da história da esquerda brasileira.
E mais indignado ainda ao perceber que, para eles, até um reles Delcídio é mais merecedor dos seus préstimos do que o anjo caído Dirceu.
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