quarta-feira, 14 de outubro de 2015

BATEMOS EM BÊBADO. E O OBA OBA JÁ RECOMEÇOU...

Na cor do uniforme e no futebol, a Venezuela lembra...
Depois da horrorosa atuação contra o Chile, quando merecia ter sido goleada, a Seleção Brasileira fez a lição de casa diante da Venezuela, nossa freguesa de caderneta (já a sovamos 20 vezes em 23 partidas disputadas, nas quais marcamos 87 gols e sofremos oito --é preciso dizer mais?).

Foi como roubar o doce de uma criança. Logo no primeiro minuto, um barata-tonta grená perdeu bisonhamente a bola e o goleiro mãos de alface aceitou um chute facílimo de espalmar para escanteio: 1x0.

Dois ingênuos venezuelanos mostraram ainda não saberem direito como o primeiro deve marcar o adversário e o da sobra fechar a porta, então levaram ambos um baile do Felipe Luís. A bola chegou a Williams, que desta vez desferiu um arremate indefensável: 2x0.
...o Clube Atlético Juventus (série A3 do Paulistão).

O Brasil tomou um gol de escanteio que escrete de verdade não admite: 2x1.

Um beque adversário falhou de forma ridícula, vendo passar à sua frente um cruzamento que até a minha avó interceptaria, e o veterano Ricardo Oliveira (terá 38 anos na próxima Copa do Mundo) matou o jogo: 3x1.

O apelido de vinho tinto cai bem para os venezuelanos: são fraquinhos e não tonteiam ninguém.

Dunga concedeu à nossa seleção 8,5, nota que só se justificaria se tivesse desancado pra valer o bêbado, aplicando-lhe um sonoro 7x1. Eu daria 5 e olhe lá...

Uma parte da imprensa tupiniquim já recomeçou o oba oba, vendendo o peixe podre de que o Brasil não está tão ruim assim. Na verdade, está pior ainda.

Sina cruel: limitado em campo, limitado no banco.
Será mera coincidência qualquer semelhança entre esse amontoado de atletas mal dispostos em campo e travados pela rigidez do técnico, com o futebol moderno, em que os times jogam compactados, os jogadores têm liberdade para tomar iniciativas e estão preparados para mudar imediatamente o esquema tático ao sabor das circunstâncias. Na estréia, o atualizado Jorge Sampaoli fez picadinho  do jurássico Dunga, que depois teve a cara de pau de dizer que não levou um nó tático.

Poderemos passar mal e porcamente pela eliminatória sul-americana, mas salta aos olhos que, sem um técnico de verdade, seremos meros coadjuvantes em 2018.

Para encerrar, uma informação do sarcástico José Roberto Malia, que talvez explique o empenho da crônica esportiva em vender gato por lebre (afinal, ela lucra muito se o povo estiver confiante no escrete):
"O ótimo prestígio da amarelinha desbotada pôde ser comprovado no Dia das Crianças. As camisas do Circo Brasileiro de Futebol ficaram encalhadas nas prateleiras. Não saíram nem com promoção. A molecada optou por enxovais de times nacionais e até do exterior. A Pachecada chora".
Fora Del Nero! Fora Dunga! Fora Gilmar Rinaldi! Mãos limpas na CBF! 

Um comentário:

axel_terceiro disse...

Futebol brasileiro morreu e já fede mal. O jeito é o brasileiro se contentar com a feijoada e escola de samba mesmo, as duas únicas coisas genuínas do nosso país e que ainda nos restam. heheheh

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