segunda-feira, 7 de setembro de 2015

ALGUMAS REFLEXÕES AMARGAS, MAS VERDADEIRAS.

Há uma overdose de desinformação e wishful thinking na internet, tanto por parte das redes direitistas quanto dos blogueiros chapa-branca. A maioria dos leitores embarca nesse tosco monolitismo, que não passa de um retrocesso aos tempos da guerra fria (andamos para trás, como os caranguejos!); até hostilizam quem ousa informar/opinar de forma independente, ainda que pertença ao mesmo campo. 

Amam os cordeirinhos e detestam os seres humanos altaneiros, que não se vergam às conveniências nem temem a prepotência.

Mesmo assim, e apesar de todos os ônus pessoais que tal opção me acarreta, continuarei mantendo este blogue como um baluarte do compromisso revolucionário com a verdade. Pois, os que podem escrever uma nova História precisam conhecer bem o chão no qual está pisando; e quem está em condições de transmitir-lhes tal conhecimento, tem de desempenhar seu papel, custe o que custar. Caso contrário, não serve para nada.

Já para quem quer o poder, só o poder e nada mais do que o poder, pactuando inclusive com grandes banqueiros quando seu barco afunda, até a eleição de 2014 bastava repetir as fórmulas consagradas de Goebbels, impondo-as com seus rolos compressores; ultimamente, contudo, o prazo de validade da mistificação e da intimidação políticas parece estar vencido.

Há uma esquerda que já morreu e não se dá conta disto. Dela, nada mais podemos esperar. Quanto antes for sepultada, melhor.

E há uma nova esquerda por construirmos, assim que os caminhos estiverem desimpedidos. Não tardará muito.

A opção reformista foi testada e fracassou miseravelmente; os explorados só receberam algumas migalhinhas a mais, que estão sendo agora tomadas de volta pelos exploradores, com o aval de governistas que jogam as bandeiras mais sagradas no chão e pisam até no pescoço das mães para não serem despejados dos palácios fora dos quais não conseguem mais viver.

Se há alguma lição a ser tirada dos últimos 12 anos é a de que as pequenas melhoras obtidas sob o capitalismo só perduram enquanto os capitalistas consentem. A opção revolucionária tem de ser tentada de novo, para que nossas conquistas permaneçam e nossas lutas não sejam em vão. 

Neste sentido, as novas gerações só poderão contar com os veteranos que permaneceram íntegros, não se deixando seduzir pelo canto de sereia do poder.

Os demais se tornaram parte do passado que precisamos superar para o futuro emergir.

Um comentário:

Daniel Oliveira disse...

Perfeito! Essa nova geração, mesmo com todos os problemas, não possui os traumas da queda do muro de Berlim.
Os sonhos de Lenin continuam vivos!
Abraços!

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