....acaba de ser disponibilizado integralmente no Youtube, com legendas brasileiras e excelente qualidade de imagem e som: Nights from the Alhambra, gravado ao vivo em setembro de 2006, na cidade espanhola de Granada, num palácio que pertenceu ao rei Carlos V.
Além do DVD de quase 100 minutos, que vocês podem assistir na janelinha abaixo, o concerto rendeu um álbum duplo.
Trata-se do ápice da carreira da cantora, compositora e multi-instrumentista Loreena McKennitt, uma canadense de ascendência irlandesa e escocesa.
Ela se projetou na voga da música celta, na década de 1980, mas seu trabalho só decolaria pra valer a partir da incorporação da música folclórica de outros países, com destaque para as sonoridades orientais. Pesquisa lendas para enfocá-las em suas letras e mostra ótima carpintaria poética.
Tornou-se sucesso mundial com "The mummer's dance", em 1997. Depois, encaixando músicas na trilha sonora de As brumas de Avalon, sua notoriedade aumentou.
Tornou-se sucesso mundial com "The mummer's dance", em 1997. Depois, encaixando músicas na trilha sonora de As brumas de Avalon, sua notoriedade aumentou.
O espetáculo na Andaluzia teve tudo de bom: o cenário majestoso do castelo, os mestres de música tocando instrumentos antigos, a qualidade superlativa da maioria das canções, imagens de rara beleza. Recomendo com entusiasmo.
E sugiro a quem sabe baixar do Youtube, que o faça logo, antes que algum cão de guarda da indústria cultural consiga tirá-lo de ar. Vale muito a pena conservar uma cópia.
E aos demais, que assistam enquanto é tempo!
3 comentários:
Mas que massa , hein?
Você conhece este aqui? Ivan Rebrov, um desses artistas cuja obra tem uma identidade internacional, internacionalista; eu escreveria uma carta a ele se estivesse vivo, para dizer que me inspirou demais num momento pra lá de brabo da minha vida, porque a obra dele é daquelas que dão forças ao ser humano. Um trabalho mais conhecido dele aqui no Ocidente é a música para o filme Um violinista no telhado. Essas pessoas dão-me a certeza de que a humanidade ainda irá muito longe.
Curta aqui o Ivan Rebrov. O lema dele: "Aqui estou, para cantar a maravilha deste mundo e denunciar as injustiças da vida!"
https://www.youtube.com/watch?v=hzAGb4w6YJg
É uma boa dica, meu caro Eduardo.
Não faz exatamente o meu gênero, mas sensibilidade é algo muito pessoal. Ainda mais quando a música se associa a uma etapa difícil da nossa vida.
Para mim, "Maria, memória da minha canção" marca o fim de vida do meu pai. Nunca tinha prestado muita atenção nela, mas a descobri exatamente quando ia com meu carro para lá e para cá, buscando uma casa de repouso para ele que eu conseguisse pagar. O disco dilacerante que o Vandré gravou na Europa não saía do CD player e era essa a faixa que mais mexia comigo.
Com certeza, muitos gostarão da voz portentosa do Rebrov (no Google é mais fácil achá-lo como Rebroff) e de suas canções características da Rússia do tempo dos czares (pelo que li, são sua marca registrada, daí usar roupa de cossaco).
De qualquer forma, estou postando uma música dele que ressoa na minha memória, fez sucesso por aqui em tempos longínquos. Assim, a dica será mais notada pelos leitores.
É uma canção magnífica a de Vandré, Das Terras de Benvirás!
Mas Rebrov, ou Rebroff, cantou muita música do século XX também, da Rússia soviética, e de muitos outros países em diversos idiomas: a obra dele tem algo em comum, por exemplo, com a da brasileira Fortuna. Ele era principalmente um cantor de ópera, e sua biografia tem isto de curioso. Não era russo, mas alemão. Quando os nazis tomaram o poder, a família fugiu para a URSS, e ele amava tanto a Rússia que se tornou o mais tradicional dos russos, havendo nascido judeu da Alemanha. Os russos, hoje, olharão a gente com estranheza se dissermos que não era russo. Era também um humorista, e um tremendo intérprete de músicas para crianças.
Postar um comentário