"Você conhece este aqui? Ivan Rebrov, um desses artistas cuja obra tem uma identidade internacional, internacionalista; eu escreveria uma carta a ele se estivesse vivo, para dizer que me inspirou demais num momento pra lá de brabo da minha vida, porque a obra dele é daquelas que dão forças ao ser humano.
Um trabalho do Rebrov que obteve destaque aqui no Ocidente foi a interpretação, como ópera, das músicas do filme Um violinista no telhado.
Essas pessoas dão-me a certeza de que a humanidade ainda irá muito longe.
O lema dele: 'Aqui estou, para cantar a maravilha deste mundo e denunciar as injustiças da vida!'"
Com certeza, muitos gostarão da voz portentosa do Rebrov (no Google é mais fácil achá-lo como Rebroff) e de suas canções características da Rússia do tempo dos czares.
Curiosamente, apesar da aparência e das roupas de cossaco que usava nos shows, era alemão de nascimento.
Curiosamente, apesar da aparência e das roupas de cossaco que usava nos shows, era alemão de nascimento.
O Eduardo recomenda este vídeo aqui, com 86 minutos. E uma boa amostra do trabalho do artista é "Havah Nagila", canção folclórica ucraniana composta em 1918 e que fez algum sucesso entre nós na década de 1950, interpretada por Carlos Gonzaga. Ei-la:
4 comentários:
Que bacana, Celso, muito obrigado.
Como eu tinha dito em outra ocasião, Rebrov, ou Reboff, cantou também muita música soviética, e de muitos outros países em diversos idiomas.
Esses artistas internacionais, internacionalistas, interessados numa identidade realmente mundial, são de lonje os que mais me dizem coisas. Admiro muito também a menina Nataliya Gudziy, ucraniana, intérprete da música japonesa. É uma sobrevivente da calamidade em Chernobyl, Inferno de Dante contemporâneo, e se posiciona para ninguém no mundo se esqueça jamais do que acorreu em 1986 na URSS, com a "segura, limpa e barata" usina termonuclear, e que o maldito Gorbachov tentou abafar a todo custo, sem sucesso.
Aqui, ela canta um magnífico poema japonês do século XX, sobre o olhar de alguém que está morrendo. O indivíduo vê a morte, e a aceita, proferindo uma declaração de amor, e uma oração ao Deus dos japoneses, que se assemelha ao monte Fuji muito mais do que a algum rei. Nós comunistas devemos ter em mente o trabalho pelo nascimento de uma civilização em que as pessoas morram com tamanha beleza, como o sinal de uma boa vida humana. O poema se chama Para sempre contigo. As legendas estão em espanhol:
https://www.youtube.com/watch?v=BCfXe_NBQ7I
Opa, Celso, uma correçõa ao que eu tinha dito.
Rebrov não compôs a música para o filme Um violinista no telhado.
Ele cantou a obra como ópera, na Europa. Tóinhóinhóinhói!
Eduardo,
eu é que agradeço, o post acabou ficando interessante e bem no espírito do blogue.
Quanto ao trecho que cita "Um violinista no telhado", dei uma ajeitada.
Abs.
Obrigado por ajeitar, hombre, não sabe como me chateia passar vergonha por escrito! =)
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