O Syriza acertou desta vez. Mas, ele tem o gravíssimo defeito de acreditar no "projeto europeu". Um projeto no qual a Comissão Europeia, não eleita e composta de burocratas que sempre estiveram a serviço do grande capital manda na UE enquanto o Parlamento Europeu é apenas um "enfeite" para dar aparência de democracia aquilo. Vai continuar tentando ficar com "um pé em cada barco" (UE e autonomia) ao invés de executar uma política para escapar da armadilha da UE: rompimento com Euro, UE e OTAN. Quanto mais rápido executar tal política, menos dolorida a transição para a sua autonomia econômica, política e de segurança.
é uma decisão muito delicada, pois acarretará sacrifícios ao povo (como também o prosseguimento da situação atual acarretaria). Então, parece-me que o Syriza tentou de tudo antes de partir para a ruptura, como está fazendo agora.
Eu gostei muito da posição do Tsipras: ou o povo se coloca contra a ditadura do capital, ou ele renuncia. É assim que a Dilma deveria ser, há momentos em que precisamos ter a coragem política de optar pelo tudo ou nada.
Pois é, o Syriza tem uma posição política meio ambígua, não parece isso? Seria interessante lermos o programa desse partido (pelo menos eu não fiz isso, talvez os amigos que escreveram antes tenham feito); seria algo fundamental para procurar compreender de modo crítico a atuação de um partido político, ainda que em outro país.
Eu vejo a coisa de forma simples: o Syriza tenta abrir um caminho diferente para as nações mais exploradas, só que isto não resultará se a Grécia ficar sozinha. Se a ela se somassem a Espanha, a Argentina, o Brasil, etc., haveria uma chance de começarmos a dar fim a esta superexploração atual.
Mas, falta grandeza nos líderes, começando pela Dilma. Morro de vergonha ao ler as declarações do Levy, de que o Brasil não passará o mesmo sufoco da Grécia. Se bobear, passará sufoco pior ainda. Afora suas convicções calhordas, o tal Levy é medíocre como economista. Não tem a confiança dos empresários porque eles o avaliam como cabeça de bagre.
Aliás, eu tenho dito isto desde o início: se era este tipo de política econômica que o PT queria, por que não recorreu ao Delfim Netto, amigão do Lula? Pelo menos expertise ele tem, ao contrário do Levy.
7 comentários:
Enquanto isso a Dilma passeia de mãos dadas com o Neoliberalismo no maior "love" pelos jardins da Casa Branca...comovente
Abração, Celso
Marcelo Roque
O Syriza acertou desta vez. Mas, ele tem o gravíssimo defeito de acreditar no "projeto europeu". Um projeto no qual a Comissão Europeia, não eleita e composta de burocratas que sempre estiveram a serviço do grande capital manda na UE enquanto o Parlamento Europeu é apenas um "enfeite" para dar aparência de democracia aquilo. Vai continuar tentando ficar com "um pé em cada barco" (UE e autonomia) ao invés de executar uma política para escapar da armadilha da UE: rompimento com Euro, UE e OTAN. Quanto mais rápido executar tal política, menos dolorida a transição para a sua autonomia econômica, política e de segurança.
Marcos,
é uma decisão muito delicada, pois acarretará sacrifícios ao povo (como também o prosseguimento da situação atual acarretaria). Então, parece-me que o Syriza tentou de tudo antes de partir para a ruptura, como está fazendo agora.
Eu gostei muito da posição do Tsipras: ou o povo se coloca contra a ditadura do capital, ou ele renuncia. É assim que a Dilma deveria ser, há momentos em que precisamos ter a coragem política de optar pelo tudo ou nada.
Pois é, o Syriza tem uma posição política meio ambígua, não parece isso?
Seria interessante lermos o programa desse partido (pelo menos eu não fiz isso, talvez os amigos que escreveram antes tenham feito); seria algo fundamental para procurar compreender de modo crítico a atuação de um partido político, ainda que em outro país.
Eu vejo a coisa de forma simples: o Syriza tenta abrir um caminho diferente para as nações mais exploradas, só que isto não resultará se a Grécia ficar sozinha. Se a ela se somassem a Espanha, a Argentina, o Brasil, etc., haveria uma chance de começarmos a dar fim a esta superexploração atual.
Mas, falta grandeza nos líderes, começando pela Dilma. Morro de vergonha ao ler as declarações do Levy, de que o Brasil não passará o mesmo sufoco da Grécia. Se bobear, passará sufoco pior ainda. Afora suas convicções calhordas, o tal Levy é medíocre como economista. Não tem a confiança dos empresários porque eles o avaliam como cabeça de bagre.
Aliás, eu tenho dito isto desde o início: se era este tipo de política econômica que o PT queria, por que não recorreu ao Delfim Netto, amigão do Lula? Pelo menos expertise ele tem, ao contrário do Levy.
É mesmo.
Opa, quem disse "é mesmo" fui eu. =)
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