Há alguns dias, em O Brasil vai pra ponte que partiu, eu zombei de uma declaração à imprensa do representante do neoliberalismo no governo de Dilma Rousseff, pois sabia que não passava da mais descarada cascata:
"O ministro da Fazenda, Joaquim Rolando Lero Levy, disse a repórteres em Washington que o sol gira ao redor da Terra, que dois e dois são cinco e que o Brasil tem 'bastante chance de ver uma segunda metade do ano favorável para a economia'".
A desfaçatez foi maior ainda do que eu pensava. Leio agora no Jânio de Freitas (sua coluna tem o sugestivo título de Enganações) que, mal acabava de falar a verdade aos caras pálidas, Levy mentiu descaradamente aos índios que o aguardavam na porta:
"Joaquim Levy disse, em seminário do FMI, que o Brasil viverá em 2015 sua 'mais grave recessão' nas últimas duas décadas e a 'recuperação será lenta', porque 'a nossa estratégia é para o longo prazo'.
Saído dali, Levy disse aos jornais e TV brasileiros que 'temos bastante chance de ver uma segunda metade do ano favorável'
Se alguém falar em facilidade de mentir, em cinismo e em desrespeito à população, será tido como grosseiro. A mentira, o cinismo e o desrespeito, não".
Fixem estas informações: 2015 será o pior ano da economia brasileira desde meados da década de 1990 e vai demorar um tempão para sairmos da penúria. Quem garante é o Joaquim Levy, quando não está jogando poeira colorida nos olhos dos bugres da patriamada.
É o que há muito venho afirmando, enquanto a rede virtual chapa branca ajuda o governo a vender ilusões.
O Pinóquio do Carlo Collodi era uma graça. A versão atual, contudo, está mais para o Pinóquio, o perverso de um filmeco de terror.
O Levy e aquela que o colocou ali e ali o mantém são, isto sim, uma desgraça...
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