Cony protesta contra os atos e fatos da escalada autoritária |
"Está em discussão, em nível de habeas corpus, a prisão (ou a libertação) dos ativistas que promoveram manifestações contra a situação de descalabro em vários setores da nossa vida pública, corrupção de autoridades, falência de serviços urbanos e até a Copa do Mundo.
Algumas dessas manifestações começaram ou terminaram em atos de vandalismo, depredação de prédios públicos e particulares, ônibus incendiados e até a morte de um cinegrafista da TV Bandeirantes.
Evidente que ao Estado não é permitido violentar o direito de expressar opiniões pessoais ou coletivas. Quando o povo protesta contra um regime ou uma rotina de poder, cabe ao povo o recurso de um protesto e até mesmo de uma revolução.
O caso mais notório foi a queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, que deu início à Revolução Francesa. Após muita confusão, a monarquia quase toda foi parar na guilhotina.
Outro exemplo da manifestação popular contra determinado regime foi a invasão do palácio do czar, em São Petersburgo, que foi reprimida com a chacina que, por sinal, serviu de começo para o romance e para o filme 'Doutor Jivago'.
Isso sem falar na revolta da tripulação do couraçado Potemkin, aparentemente por causa de uma carne estragada. Foi o início de outra revolução."
Isso sem falar na revolta da tripulação do couraçado Potemkin, aparentemente por causa de uma carne estragada. Foi o início de outra revolução."
(Por Carlos Heitor Cony que, ao contrário de tantos, honra o seu
passado de resistente. O artigo completo pode ser acessado aqui.)
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