Informação da coluna da Mônica Bergamo:
"A CNV (Comissão Nacional da Verdade) entregará a grupos estaduais e municipais que também apuram crimes da ditadura um documento com orientações para a tomada de depoimentos de vítimas do regime. O manual de conduta ética recomenda 'em hipótese alguma julgar a experiência narrada', 'considerar o trauma' e 'estar preparado(a) para amparar quem está (sic) prestando declarações'.
O texto lembra que, no caso de pessoas que sofreram tortura, 'falar sobre a própria experiência é revivê-la'. Por isso, é preciso 'estabelecer uma atmosfera de empatia e acolhimento'. No espaço, deve haver água e lenços de papel. No fim, deve-se 'agradecer o testemunho, a coragem e a disposição' do depoente. Os relatos colhidos pelas comissões locais auxiliarão o trabalho da CNVV".
Burocracias são assim: acreditam que seu papel seja o de estabelecer regras para todas e quaisquer situações do cotidiano, como se seus luminares fossem adultos a zelar por eternos infantilizados. Então, põem-se a pontificar sobre o óbvio ululante com a empáfia de quem acabou de descobrir a pólvora. E, claro, acabam quase sempre incorrendo em ridículo involuntário.
Será que alguém tão obtuso e insensível a ponto de não chegar às mesmíssimas conclusões por si próprio seria considerado apto para integrar uma comissão da verdade?
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