O sempre lúcido Carlos Lungarzo recrimina exageros cometidos na Marcha das Vadias. Concordando com ele no tocante a terem ocorrido gratuidades de mau gosto, recomendo a todos que leiam e reflitam sobre seus argumentos (vide aqui).
Particularmente, não aprecio o exibicionismo e as tentativas de escandalizar; vejo-as como puerilidades. Mas, inspiram-me ojeriza muito maior aqueles hipócritas que reagem a tais provocações como vestais ultrajadas, com segundas (e até terceiras) intenções. As piores possíveis!.
Para quem, como eu, tem sempre em mente a história sanguinária do catolicismo, culminando nas torturas e fogueiras da Inquisição, um teatrinho inconsequente é o de menos. Não machuca ninguém.
Já alguns desses fascistoides que vociferaram contra a marcha --também de forma pra lá de exagerada, conforme se constata, p. ex., aqui--, o que eles têm verdadeiramente em mente é insuflar linchamentos. A mim não iludem: são lobos em peles de lobos.
Já alguns desses fascistoides que vociferaram contra a marcha --também de forma pra lá de exagerada, conforme se constata, p. ex., aqui--, o que eles têm verdadeiramente em mente é insuflar linchamentos. A mim não iludem: são lobos em peles de lobos.
As vadias que se cuidem da próxima vez, pois correrão sérios riscos. Não há fanáticos mais extremados nem carrascos mais insensíveis do que os movidos pela religião, pois invariavelmente eles creem estar cumprindo os desígnios divinos.
Para reavivar as lembranças do passado sombrio que jamais poderá ser esquecido nem perdoado--e também para disponibilizar no blogue mais um ótimo filme em versão integral e legendada--, aqui está outra obra-prima do diretor de Sacco e Vanzetti (1971), o italiano Giuliano Montaldo: Giordano Bruno (1973).
Novamente com interpretação tão marcante de Gian-Maria Volonté que, por si só, já vale o filme.
Novamente com interpretação tão marcante de Gian-Maria Volonté que, por si só, já vale o filme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário