Mais uma vez a Europa se curva diante do Brasil... digo, os jornalões confirmam a avaliação inicial deste humilde blogueiro (que deixou de atuar profissionalmente como jornalista não por não querer ou não poder, mas porque vive num país onde se pratica um macartismo que não ousa dizer o nome mas alija certos homens de esquerda das tribunas do sistema).
Minha reação imediata à britzkrieg nazistóide na cracolândia foi esta: "...o Governo Geraldo Alckmin lança, de afogadilho, uma retumbante operação policial para dispersar viciados em crack por toda a cidade de São Paulo, apenas mudando de lugar um problema social".
Eis o que está na Folha de S. Paulo deste sábado, o day after:
"A despeito do prévio acordo político entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) para intervir na cracolândia ainda no início do ano, a deflagração da operação policial no centro de São Paulo já no dia 3 de janeiro foi decidida pela PM sem a participação de órgãos de assistência social da cidade.
Setores diretamente ligados ao assunto, como a Secretaria Municipal da Assistência Social, ficaram sabendo da data da operação apenas cinco dias antes -às vésperas da virada do ano.
Um grande centro de acolhimento da prefeitura na região capaz de atender até 1.200 viciados sequer estava pronto, motivo pelo qual a pasta da Assistência defendia que a operação não ocorresse tão cedo. O centro será aberto só no dia 30 deste mês.
Um integrante da cúpula da Segurança Pública afirmou à Folha, em caráter reservado, que houve precipitação do início da operação. Ainda faltava, disse ele, uma série de reuniões para afinar os detalhes da intervenção.
Pode ter havido, segundo ele, uma falha de comunicação interna na Policia Militar.
...só ontem a Prefeitura de São Paulo informou que vai emitir um alerta para os profissionais de saúde de 15 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) de que elas terão de se preparar para receber dependentes químicos".
Ou seja, fica comprovado que a operação foi de afogadilho e eminentemente policialesca, só convocando profissionais de Saúde e da Assistência Social à última hora, sem levar em conta suas sugestões e para atuarem a reboque dos brucutus.
Quanto ao fato de que a retubante operação só espalhou um problema ao invés de resolvê-lo (como eu também afirmei de batepronto), isto já é consensual, da imprensa aos comerciantes e ao homem da rua.
2 comentários:
Parabéns pelo artigo!
Maria do Rocio.
Parece que qualquer coisa que a turma do psdb pensa em fazer para combater a criminalidade, esbarra sempre com interesses do PCC, coisa que o governo nega que exite mas age de acordo. Se prendemssem para tratamento os viciados, alguém deixará de vender.
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