Como Adolf Hitler, ele atraiu a desgraça para sua gente, ao teimar em resistir quando já não havia a mais remota possibilidade de evitar a derrocada.
Desde a queda de Trípoli, quantas vidas se perderam, quantos seres humanos ficaram estropiados por nada, absolutamente por nada?!
O nefando führer teve, pelo menos, a dignidade de selar ele próprio seu destino e o de seus restos mortais, negando aos inimigos um troféu para exibirem.
Gaddafi, se a notícia for confirmada, nem isto.
7 comentários:
Só acho que quem lincha alguém, seja ele quem for, lincha qualquer um. Se os que deram este fim ao Gaddafi forem os novos comandantes do povo líbio coitado desse povo.
OS EUA, xerife do mundo, diz que a morte de Kadafi é apenas um aviso. A paz reinará sob a Terra
Então tá...
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=31090749
Spin
O Paulão postou, como comentário, o artigo do Brizola Neto, "Alegria mórbida".
Nesses casos, prefiro que coloquem o link, não o artigo inteiro.
Encontrei o texto recomendado pelo Paulão no blogue do BN:
http://www.tijolaco.com/alegria-morbida/
Por e-mail, o bom companheiro Ismar C. de Souza afirmou: "Não me compraz uma morte sem julgamento, nem mesmo de nazistas".
Nem a mim. Por PRINCÍPIO, eu me posicionarei sempre contra uma execução como a do Gaddafi. Ninguém merece ser abatido como um cão.
O que eu quis deixar claro é que, COMPAIXÃO, ele não merecia nenhuma e de mim nenhuma teve.
Afora os assassinatos e torturas do passado, eu considerei simplesmente repulsivo seu comportamento após a queda de Beirute.
Ordenando uma resistência de antemão condenada ao fracasso, ele impôs mortes e sofrimentos terríveis ao povo líbio e, principalmente, aos habitantes de sua cidade natal.
Nisto, ele se igualou a Hitler: dois fdp egoístas e insensíveis que, em suas megalomanias delirantes, arrastaram um monte de gente consigo para a cova.
Entre governantes e governados, minhas simpatias e minha compaixão são sempre para os segundos.
E se o Jango não fosse frouxo e tivesse ordenado uma resistência? Ela também estaria condenada ao fracasso (a IV Frota estava de prontidão!) e ele seria um megalomaníaco arrastando o povo para a cova? Ou fez o correto, fugindo pro Uruguai?
Goulart não completara nem três anos no poder, era um presidente constitucional e estava sendo derrubado por uma quartelada.
A intervenção estadunidense não era uma certeza (poderia haver mudança de plano, como houve no caso da Baía dos Porcos, com o cancelamento, na última hora, do apoio aéreo previsto).
Então, no Brasil/1964, a resistência se justificava, sim. Havia chance de deter o golpe.
Bem diferente é o caso da Líbia. Quando uma ditadura de quatro décadas está perdendo a guerra civil, a ponto de ser varrida da capital do país, é óbvio que a situação não tem mais volta.
Ajudado por nações ocidentais, os rebeldes tinham superioridade de forças. SE O POVO LÍBIO REALMENTE SE IDENTIFICASSE COM O REGIME DE GADDAFI, PODERIA EQUILIBRAR A LUTA. Inimigo bem pior o heróico povo espanhol deteve em 1938.
Mas, só não vê quem não quer, o povo não lutou por Gaddafi. Deixou-o cair.
E, talvez para punir os líbios, ele resistiu quando a possibilidade de vitória era nenhuma.
Ôps, o levante dos espanhóis contra os generais fascistas foi em 1936. Pensei certo e digitei errado.
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