Daí minha perplexidade face às perseguições que lhe são movidas por burocratas atrabiliários, culminando numa ameaça de expulsão de um colegiado que dificilmente existiria sem seus esforços.
Subscrevo, portanto, o apelo que ele encaminhou ao senador Eduardo Suplicy, pedindo aos companheiros que o divulguem intensamente e façam tudo que puderem para evitarmos esta aberração inquisitorial. Por ser um exemplo de cidadão solidário, o Rui, mais do que ninguém, merece nossa solidariedade.
Eis os principais trechos:
"Ouso pedir seu apoio, diante de uma situação absurda de que sou vítima e que ocorre no chamado Conselho de Representantes Brasileiros no Exterior, CRBE, criado para representar a população emigrante.
Como tenho tentado argumentar junto ao governo, discordo do formato da atual política brasileira de emigração, sob a tutela do Itamaraty, e luto por uma política de autodeterminação dos emigrantes, que deveriam ter um órgão institucional próprio como uma Secretaria de Estado da Emigração.
Entretanto, os conselheiros do CRBE, eleitos na base da fraude e com uma mínima representatividade dos emigrantes (18 mil votos para 3,5 milhões de emigrantes), não suportam críticas e decidiram, imagino com o apoio do Itamaraty, uma medida digna da época da ditadura - me expulsar, mesmo se nem sou titular, mas primeiro suplente.
...esse episódio (...) demonstra haver ainda, dentro do Itamaraty, saudosos dos anos de chumbo, contrários à livre expressão, enquanto se apossam indevidamente dos emigrantes, uma falha que se precisa corrigir, pois, no momento, o movimento emigrante foi apropriado pelos lobbys do mercado emigrante, associações de prestação de serviços (despachantes) e associações religiosas assim como padres e pastores, em contrassenso à laicidade".
Um comentário:
Rui Martins deixou gente com interesses muito contrariados. Só não entendi o que pode ter sido tão impactante que investissem contra ele até usando instituição do etado. Até parece que Batisti era prêmio para algum mafioso italiano.
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