A única surpresa na destituição de Antonio Palocci foi a demora para se dar o merecido pé na bunda em quem nunca deveria ter integrado o Ministério de uma ex-guerrilheira, pois não só se tornara o símbolo mais conspícuo do abandono das bandeiras anticapitalistas por parte do Partido dos Trabalhadores, como também, à guisa de contribuição pessoal, do abandono da opção preferencial pelos trabalhadores humildes, contra o arbítrio dos poderosos.
Palocci, mais do que ninguém, representa a negação do PT de 1979 (que conservava alguns traços revolucionários) e a afirmação do PT realista, 100% reformista, que aceita executar a política econômica ditada pelo grande capital, limitando-se a distribuir mais migalhas para os explorados do que os partidos burgueses distribuiriam.
Para piorar, o lambe-botas de banqueiros e espezinhador de coitadezas revelou agora uma nova faceta repulsiva: a de novo rico deslumbrado com as benesses que o capitalismo oferece em troca da alma dos que se tornam seus serviçais.
Como pôde descer tanto alguém que começou como trotskista, defendendo a revolução permanente?!
Não havia motivo para homem de esquerda nenhum mover uma palha por sua salvação.
Já vai tarde.
Já vai tarde.
4 comentários:
Não há nada de errado em trabalhar honestamente e enriquecer, companheiro. Sou a favor da saída de Palocci porque o seu enriquecimento é no mínimo, antiético e concordo, com você que ele tornou-se amiguinho do "mercado" e da "grobo".
Guerrilheira? rs eu achei que esse blog fosse sério, mas vejo que, somente, emula-se informações da "grande-mídia-brasileira"
Renato,
que nome você dá a uma militante de organização revolucionária cujo programa colocava como uma tarefa o desencadeamento da guerrilha rural contra a ditadura militar, e como outra tarefa a propaganda armada nas cidades?
E disto não fui informado pela grande mídia brasileira: a Dilma Rousseff e eu participamos do Congresso de Teresópolis da VAR-Palmares, em outubro de 1969.
Sou, como o antigo Repórter Esso, a "testemunha ocular da História"...
Se você se refere ao fato de a Dilma não haver pessoalmente participado de ações armadas, esclareço que, segundo nossos valores, quem quer que integrasse a Organização como militante pleno estava dando sua contribuição à guerrilha.
Mesmo porque, ao assumirmos o compromisso da militância, dispúnhamo-nos a cumprir as missões que nos fossem designadas.
Hoje são 11/6 e arrisco fazer um pequeno comentário.Não sei se será lido e avaliado.
Nesse caso Palocci, nós nos ativemos principalmente pelas questões éticas requeridas, mas segundo blogueiros como Altamiro Borges, Azenha,Rodrigo Viana e Guilherme Scalzilli, as razões da "despedida" de Palocci foram simplesmente políticas e a pesidenta esteve o tempo todo dona da situação. Ao que parece a base aliada apenas queria tirar proveiro da situação.
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