segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CMI: O ÚLTIMO ATO

Depois dos acontecimentos que narrei no artigo CMI: o uso do cachimbo faz a boca torta..., ainda fiz uma tentativa de continuar disponibilizando meus textos para esse universo predominantemente de esquerda, repetidor e formador de opinião.

Como o Centro de Mídia Independente recuara em relação à censura do texto que estava sendo objeto da controvérsia, resolvi transigir pela última vez.

Não adiantou. Houve nova censura, mais descabida e inaceitável ainda.

Então, com o comentário abaixo, que postei e não sei se colocarão no ar, estou encerrando definitivamente minha participação no CMI:
"Para que ninguém me chamasse de intransigente, duas vezes reconsiderei minha decisão de deixar para sempre o CMI em função da censura de textos, da qual discordo por princípio e também por ser uma prática que me traz à lembrança os nefandos tempos da ditadura militar, quando cheguei até a responder processo por causa de trabalhos jornalísticos (depois de, anteriormente, haver respondido a quatro processos como militante revolucionário).

Na primeira vez, como o pomo da discórdia havia sido um artigo meu sobre futebol -- numa abordagem crítica, é bom destacar --, depois de alguns meses resolvi voltar a postar aqui pelo menos os textos sobre lutas em curso e temas políticos de maior importância. Os sem-tribuna temos de aproveitar as poucas disponíveis.

Na segunda vez, o comentário que vinha sendo sistematicamente censurado -- e que fora "escondido" quando o postei como texto avulso -- acabou indo ao ar. Pensei que fosse uma autocrítica do CMI e, embora magoado, optei por continuar disseminando aqui as teses e posturas da minha geração revolucionária.

Mal voltei, e mais um artigo é "escondido" -- desta vez, a resposta que eu dei, falando também em nome do Carlos Lungarzo e do Rui Martins, às falácias do Mino Carta sobre o Caso Battisti.

É simplesmente absurdo o CMI livrar a cara do fanfarrão do MC, contrariando seus próprios editoriais.

Então, constato que estou perdendo tempo.

Eu tenho grandeza suficiente para colocar minhas causas acima de rancores, birras e pirraças.

O CMI não tem.

Então, saio daqui para sempre.

Quanto ao Raymundo [Araújo, o mais destrambelhado caluniador dito de esquerda do CMI], pode escrever o que quiser. Dá no mesmo. Sua irrelevância é completa e quem tem espírito crítico já percebeu isto".

4 comentários:

Anônimo disse...

Celso,

Quando li seu texto fiquei preocupado. Nunca fui do CMI mas respeito o trabalho dos companheiros.

Bom, pelo que vi o seu artigo está publicado na coluna principal. Link:

http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2011/01/484426.shtml

O mesmo artigo foi escondido. Link:

http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2011/01/484364.shtml

Se for isso mesmo não houve censura, apenas esconderam um artigo repetido. Espero que tenha sido isso.

abs,

celsolungaretti disse...

Infelizmente, não foi isto o que aconteceu, companheiro. Eles estavam mesmo "escondidos".

Eram dois porque, como o primeiro que eu postei não tinha entrado no ar, pensei em problema técnico e, horas depois, fiz uma segunda tentativa.

Depois me caiu a ficha e fui procurá-los no espaço de "escondidos". Não deu outra: estavam ambos lá.

No início da madrugada, antes de ir dormir, queixei-me ao CMI, mandando uma mensagem para aquele endereço que ele fornece para tanto.

Hoje tive de sair de manhã. Ao voltar, no começo da tarde, continuava tudo na mesma.

Aí, às 13h21, postei o meu comentário final, "Censurado, nunca mais!", como resposta a mais um tópico provocativo do Raymundo Araújo ( http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2011/01/484450.shtml ).

Pelo visto, como da vez passada, o artigo sobre o Mino Carta foi "reabilitado" mais tarde.

Resumo da opereta:

- o CMI assumiu a censura do artigo sobre Sérgio Ricardo x "Beto Bom de Bola", no semestre retrasado;
- nesta última semana, não colocou no ar um comentário postado várias vezes, e "escondeu" dois tópicos, só liberando-os depois que escrevi sobre isso no meu blogue. Em nenhum momento justificou ou explicou sua conduta.

Não continuarei brincando de cabra-cega. Se a direção do CMI não dialogar comigo, oferecendo-me a garantia de que meus textos serão respeitados, a minha participação terá terminado hoje, definitivamente.

celsolungaretti disse...

Continuando: acabo de encontrar na minha caixa esta mensagem, recebida às 15h05 de hoje:

"Olá Celso! Foi bom você reclamar, a matéria tinha sido escondida por engano mas já está de volta.

deuhs - voluntário do cmi".

Fica o esclarecimento.

No entanto, as sucessivas ocorrências indicam que, ou há alguma espécie de premeditação contra mim, ou a censura está escapando do controle.

Então, só admitirei voltar recebendo alguma garantia de que não terei o mesmo problema no dia seguinte...

Isto, claro, se houver real interesse na minha participação -- tenho a impressão de que não há.

Anônimo disse...

por que perder tempo com esse tal de cmi. isso é uma igreja e o nível do que se produz lá, sob o aspecto intelectual, paupérrimo. na internet tem coisa melhor.

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