quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O DISCURSO IRANIANO SERIA CÔMICO, SE O CASO SAKINEH NÃO FOSSE TRÁGICO

O porta-mentiras do governo do Irã, Rahmin Mehmanparast, insiste em tentar impingir a  cascata  de que Sakineh Mohammadi Ashtiani teria participado do assassinato do marido.

A respeitadíssima Anistia Internacional e um sem-número de organizações de defesa dos direitos humanos garantem que ela foi condenada por adultério e, face à repulsa mundial diante da sentença de apedrejamento até a morte por prática que nem delito constitui para pessoas civilizadas, os ensandecidos fanáticos religiosos iranianos forjaram a nova acusação.

Como tais organizações têm enorme credibilidade e o governo iraniano, nenhuma, perde tempo o arauto da quadratura do círculo. Não cola.

Além disto, o tal Mehmanparast acredita que, se o tal envolvimento com homicídio existisse mesmo, o apedrejamento não seria "questão de direitos humanos".

Com seu horizonte mental limitado às trevas medievais, ignora a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo Artigo V reza:
"Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante".
Sakineh já foi torturada com 99 chibatadas e agora querem assassiná-la da forma mais cruel, desumana e degradante. Isto é ou não é  questão de direitos humanos?

Vai além o porta-mentiras:
"Se a libertação de todos os que cometeram homicídios será vista como questão de direitos humanos, então todos os países europeus deveriam soltar todos os assassinos nesses países".
Algum indivíduo caridoso deveria explicar-lhe, talvez com desenhos, que na Europa são soltos apenas os que foram presos sem motivo, como é o caso de Sakineh; e que lá ninguém recebe chibatadas nem é apedrejado, pois se trata de bestialidades que a História deixou para trás, felizmente.

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