Serrault, o 1º casal gay
famoso das telas (A
Gaiola das Loucas, 78).
Se os gays já moram juntos e constituem uniões estáveis, por que tanto drama quanto a eles legalizarem a relação, para garantia de direitos e para que possam adotar crianças?
Bem, os católicos argentinos continuam aferrados a velhos dogmas, dos tempos em que proles numerosas eram desejáveis e os homossexuais, discriminados por não cumprirem o dever da procriação.
Hoje, com gente saindo pelo ladrão, o preconceito perdeu sua utilidade, daí estar sendo, pouco a pouco, esvaziado.
Eu fico com o Raulzito: "Faze o que tu queres, pois é tudo da Lei".
É bom que ainda haja seres humanos querendo constituir famílias, seja de que tipo forem. Sempre há afeto, apoio, troca, diálogo.
Ruins mesmo são esses poços de egoísmo que querem viver sozinhos e só desfrutar os outros, sem se comprometerem com nada e ninguém.
Quanto às crianças, o que se teme? Maus exemplos? Piores do que os martelados pela TV dia e noite, impossível.
Ou, falemos claro, que os homossexuais sejam, necessariamente, pedófilos, o que é uma asneira sem tamanho. Só cabe na cabecinha de quem encara todo ser diferente de si como um monstro. Homos e héteros, os há de todo tipo.
O certo é que, ao ver a cruzada histérica do clero para pressionar o Senado argentino, lembrei-me de quando a Tradição, Família e Propriedade fazia a mesma coisa por aqui, na década de 1960, pregando contra o divórcio, a pílula anticoncepcional, o arcebispo vermelho D. Helder Câmara e outras sandices.
Naquela época de informalidade e beleza selvagem, os militantes da TFP iam às praças com seus estandartes medievais e seus ternos de papa-defuntos, engravatados, cheirando a brilhantina barata e com aquele jeitão inconfundível de carentes sexuais, quiçá virgens aos vinte e tantos anos...
Insistiam muito com os transeuntes para que aderissem a seus abaixo-assinados, faziam discursos chatíssimos.
Foi hilário o episódio que presenciei certa vez na Praça do Patriarca: os camelôs, contrariados porque aqueles chatos de galocha faziam a freguesia apressar o passo, atrapalhando suas vendas, descobriram a forma de os afugentar.
Subiram em caixotes e começaram a fazer discursos em tom semelhante, só que debochados:
Hoje, com gente saindo pelo ladrão, o preconceito perdeu sua utilidade, daí estar sendo, pouco a pouco, esvaziado.
Eu fico com o Raulzito: "Faze o que tu queres, pois é tudo da Lei".
É bom que ainda haja seres humanos querendo constituir famílias, seja de que tipo forem. Sempre há afeto, apoio, troca, diálogo.
Ruins mesmo são esses poços de egoísmo que querem viver sozinhos e só desfrutar os outros, sem se comprometerem com nada e ninguém.
Quanto às crianças, o que se teme? Maus exemplos? Piores do que os martelados pela TV dia e noite, impossível.
Ou, falemos claro, que os homossexuais sejam, necessariamente, pedófilos, o que é uma asneira sem tamanho. Só cabe na cabecinha de quem encara todo ser diferente de si como um monstro. Homos e héteros, os há de todo tipo.
O certo é que, ao ver a cruzada histérica do clero para pressionar o Senado argentino, lembrei-me de quando a Tradição, Família e Propriedade fazia a mesma coisa por aqui, na década de 1960, pregando contra o divórcio, a pílula anticoncepcional, o arcebispo vermelho D. Helder Câmara e outras sandices.
Naquela época de informalidade e beleza selvagem, os militantes da TFP iam às praças com seus estandartes medievais e seus ternos de papa-defuntos, engravatados, cheirando a brilhantina barata e com aquele jeitão inconfundível de carentes sexuais, quiçá virgens aos vinte e tantos anos...
Insistiam muito com os transeuntes para que aderissem a seus abaixo-assinados, faziam discursos chatíssimos.
Foi hilário o episódio que presenciei certa vez na Praça do Patriarca: os camelôs, contrariados porque aqueles chatos de galocha faziam a freguesia apressar o passo, atrapalhando suas vendas, descobriram a forma de os afugentar.
Subiram em caixotes e começaram a fazer discursos em tom semelhante, só que debochados:
- A Tradição, Família e Propriedade está contra o divórcio, contra o noivado, contra o casamento, contra o Palmeiras e também contra o fedor desse bueiro...Naquela ocasião os reaças bateram em retirada, mas eu soube que saiu até pancadaria na disputa pelas calçadas.
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