Fui intelectualmente formado por uma esquerda que pensava: a da segunda metade da década de 1960.
Uma esquerda que lia os pensadores do nosso lado e refletia sobre as lições por eles dadas ou deixadas.
Que era capaz de utilizá-las para entender o cotidiano, não aceitando, por hábito ou distração, os valores capitalistas.
Vejo o pensamento crítico fazer falta imensa à esquerda atual.
Vejo os esquerdistas mais jovens confinandos à redoma da política oficial, incapazes de vislumbrar a floresta que existe por trás das primeiras árvores.
Obcecados em combater tucanos, demônios, EUA, Israel e outros vilãos óbvios.
Obcecados em defender Lula, Chávez, Morales, Fidel e até mocinhos pra lá de discutíveis como Ahmadinejad.
Repetindo, como papagaios, os clichês do capitalismo, tipo o País precisa gerar empregos para os jovens que chegam ano a ano ao mercado de trabalho.
Sem que lhes ocorra o fato elementar de que todo o esforço ora despendido no trabalho já seria mais do que suficiente para garantir às pessoas aquilo de que realmente necessitam para uma existência digna.
E que gerar cada vez mais trabalho e mais empregos, para que cada vez mais jovens possam trabalhar nos moldes capitalistas, acabará destruindo os fundamentos da sobrevivência da espécie humana neste planeta.
E que a verdadeira prioridade é distribuir de forma equânime os bens criados e a quota de trabalho de cada um, priorizando o socialmente necessário e deixando de lado o inútil, o parasitário e o suntuoso.
De forma que cada ser humano, livre dos grilhões do trabalho alienado e da competição insana, tenha tempo livre para si e o estímulo amigável dos demais para desenvolver-se plenamente como ser humano: solidário, justo, criativo e amoroso.
Trabalha-se para viver, não se vive para trabalhar.
E o trabalho só é enriquecedor para nós quando percebemos que, por meio dele, estamos exercitando a criatividade que nos é inerente e dando nossa melhor contribuição à coletividade.
O trabalho repetitivo, com objetivos mesquinhos e desenvolvido sob pressões terríveis, não torna ninguém melhor, muito pelo contrário.
Consome-nos e consome as fontes da vida neste planeta... para nada.
Brecht nos recomendou a desvelar o insólito camuflado sob o cotidiano.
Quando o fizermos, seremos escutados pelos melhores seres humanos, já que estaremos levando-lhes esperança.
São essas as mensagens que inspiram os homens, não as marciais e rancorosas.
Uma esquerda que lia os pensadores do nosso lado e refletia sobre as lições por eles dadas ou deixadas.
Que era capaz de utilizá-las para entender o cotidiano, não aceitando, por hábito ou distração, os valores capitalistas.
Vejo o pensamento crítico fazer falta imensa à esquerda atual.
Vejo os esquerdistas mais jovens confinandos à redoma da política oficial, incapazes de vislumbrar a floresta que existe por trás das primeiras árvores.
Obcecados em combater tucanos, demônios, EUA, Israel e outros vilãos óbvios.
Obcecados em defender Lula, Chávez, Morales, Fidel e até mocinhos pra lá de discutíveis como Ahmadinejad.
Repetindo, como papagaios, os clichês do capitalismo, tipo o País precisa gerar empregos para os jovens que chegam ano a ano ao mercado de trabalho.
Sem que lhes ocorra o fato elementar de que todo o esforço ora despendido no trabalho já seria mais do que suficiente para garantir às pessoas aquilo de que realmente necessitam para uma existência digna.
E que gerar cada vez mais trabalho e mais empregos, para que cada vez mais jovens possam trabalhar nos moldes capitalistas, acabará destruindo os fundamentos da sobrevivência da espécie humana neste planeta.
E que a verdadeira prioridade é distribuir de forma equânime os bens criados e a quota de trabalho de cada um, priorizando o socialmente necessário e deixando de lado o inútil, o parasitário e o suntuoso.
De forma que cada ser humano, livre dos grilhões do trabalho alienado e da competição insana, tenha tempo livre para si e o estímulo amigável dos demais para desenvolver-se plenamente como ser humano: solidário, justo, criativo e amoroso.
Trabalha-se para viver, não se vive para trabalhar.
E o trabalho só é enriquecedor para nós quando percebemos que, por meio dele, estamos exercitando a criatividade que nos é inerente e dando nossa melhor contribuição à coletividade.
O trabalho repetitivo, com objetivos mesquinhos e desenvolvido sob pressões terríveis, não torna ninguém melhor, muito pelo contrário.
Consome-nos e consome as fontes da vida neste planeta... para nada.
Brecht nos recomendou a desvelar o insólito camuflado sob o cotidiano.
Quando o fizermos, seremos escutados pelos melhores seres humanos, já que estaremos levando-lhes esperança.
São essas as mensagens que inspiram os homens, não as marciais e rancorosas.
Um comentário:
Belo texto. Sinto-me honrada em ter feito uma faculdade cujo objetivo central não era o de formar jornalistas, mas sim, o de formar comunicadores sociais críticos. É do que precisamos. Sobre a música do John Lennon, fico triste em vê-la como trilha de comercial de banco.
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