Antonio Marcos Pimenta Neves, ex-diretor de redação de O Estado de S. Paulo, assassinou há oito anos a também jornalista Sandra Gomide, baleando-a pelas costas e dando-lhe o tiro de misericórdia na cabeça.
Já foi condenado a 18 anos de prisão, teve a pena reduzida para 15, mas cumpriu efetivamente míseros sete meses, por obra e graça do infinito arsenal de recursos protelatórios à disposição de quem pode contratar luminares do Direito.
A juíza Mariella Nogueira, da 39ª Vara Civel de São Paulo, acaba de condenar Pimenta Neves a indenizar os pais de Sandra em R$ 83 mil cada.
O motivo são os óbvios danos físicos e psicológicos que lhes causou a morte da filha.
A defesa de Pimenta Neves alegou ter o assassino também sofrido abalo psicológico, em razão das acusações que o pai de Sandra lhe fez pela imprensa. Não colou.
Trocando em miúdos: réu confesso, Pimenta Neves matou a ex-amante porque ela o estava rejeitando; e teve o desplante de querer negar ao pai da vítima até mesmo o direito de extravasar sua dor em entrevistas.
Em vez de dar graças a Deus por estar imerecidamente fora das grades, esperneia para não pagar R$ 166 mil àqueles a quem privou de uma filha.
Para qualificar adequadamente o comportamento de Pimenta Neves, só mesmo se eu apelasse para o baixo calão -- que destoaria da postura civilizada que tenho por norma manter, mesmo em relação aos piores canalhas.
Um comentário:
Gostei muito do seu blog, e peguei um dos textos e coloquei os créditos p cá!
Parabéns!!!
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