Ancestral polêmico: Vlad, o empalador |
"Saindo um pouco dessa história dos hinos da França e da Croácia, você poderia postar aqui o hino da Romênia, o Desperta-te Romeno, que é um hino nacional lindo!"
Quem fez esta sugestão foi um bom amigo virtual, o Leandro Benfatti. Fui dar uma verificada e gostei; é viril e altaneiro, como um hino deve ser (a onda do politicamente correto não determina minhas opções estéticas...).
Assim como nosso uvirandu, o hino romeno tem um verso que é uma piada pronta. Se "deitado eternamente em berço esplêndido" pisa no calo dolorido do atraso que parece ser nossa sina, "desperta-te, oh romeno, deste sono de morte" nos remete a um antepassado dos romenos, Vlad Dracul, o empalador, que inspirou as histórias de vampiro do conde Drácula e até emprestou seu nome ao personagem fictício.
Ceausescu com Fidel Castro nos anos 60 |
Uma lembrança mais louvável da Romênia é que foi a única nação do bloco soviético a recusar-se a participar da infame invasão da Checoslováquia para sufocar a Primavera de Praga, em 1968.
Com discernimento político e coragem pessoal, o presidente Nicolae Ceaușescu ousou, inclusive, condenar publicamente a iniciativa, qualificando-a de "um grande erro e um perigo grave para a paz na Europa e para o destino do comunismo no mundo".
Eis o hino:
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"No braço armado a fogo dos nossos paladinos, / Liberdade ou morte!
bradamos veementes / (...) Melhor morrer na luta, mas cobertos de
glória, / do que outra vez ser escravos em nossa terra ancestral!"
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