terça-feira, 4 de julho de 2017

A NOVA PERALTICE DO DITADOR CARA DE BEBÊ PODE ANTECIPAR O FIM DOS TEMPOS

Diz a Bíblia (Gênesis 3:19): "Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!". 

Mas, pensei que a crise dos mísseis cubanos, em outubro de 1962, tivesse afastado definitivamente a possibilidade de petardos nucleares nos fazerem retornar ao pó de um momento para outro. A partir de então, ninguém mais transformou os porões de sua casa em abrigos contra radiação e as ameaças prediletas da indústria de entretenimento passaram a ser as epidemias infecciosas e os apocalipses zumbi. 

Temo, contudo, que possa haver superestimado o fato de que as grandes potências entraram em acordo e estabeleceram canais de diálogo, no sentido de evitar que um conflito entre elas aniquilasse a humanidade. E ter subestimado os ratos que rugem (*) como a Coréia do Norte, um paupérrimo paiseco com área de 120.540 km² e população na casa de 25 milhões de habitantes.
Kim Jong-un, com sua cara e jeitão de bebê Johnson...
Detentora do 208º PIB per capita numa lista de 230 países, a Coréia do Norte desperdiça criminosamente os poucos recursos que possui, esfaimando a população para adquirir a sofisticada tecnologia militar evidenciada nos seus testes nucleares e de mísseis, insistindo em mantê-los apesar de toda a pressão contrária dos Estados Unidos e aliados — até Vladimir Putin deu um puxão nas orelhas do ditador cara de bebê Kim Jong-un.

Este, contudo, dobrou a aposta, testando na noite passada (2ª feira, 3) um foguete balístico intercontinental que, provavelmente, seria capaz de atingir o Alasca estadunidense, e talvez até Los Angeles. 

Trump, que já posicionara uma formidável força ofensiva ao redor da Coréia do Norte, não pode permanecer indiferente a este novo desafio, sob pena de desmoralizar-se de vez. 

Resta saber se ainda lhe resta alguma retaliação a efetuar que não seja um ataque arrasador para neutralizar definitivamente a capacidade militar norte-coreana, correndo o risco de provocar uma guerra com a China.
...encontrou outro bobalhão que não amadureceu e com ele foi brincar de guerrinha.
Vai daí que o fim dos tempos poderá chegar não por causa das disputas entre os verdadeiramente poderosos, mas de uma insignificância totalitária como a Coréia do Norte. 

É bom lembrarmos que o estopim da 1ª Guerra Mundial foi um episódio aparentemente sem muita importância. Mas o Império Austro-Húngaro, face ao atentado fatal de um jovem terrorista contra o herdeiro do seu trono, inculpou a Sérvia pelo ocorrido e lhe fez exigências exageradas; não sendo totalmente atendido, declarou-lhe guerra, com as maiores nações se alinhando com um ou com a outra.
Seria cômico se as consequências não pudessem ser trágicas

Não será surpresa se a bravata do cara de bebê tiver também consequências as mais funestas, podendo levar de roldão toda a espécie humana. 

Será amarga a piada de Deus ou do destino (escolham quem preferirem) caso a trajetória iniciada há 385 milhões de anos com os peixes Tiktaalik, passando pelo répteis, pelos mamíferos, pelos primatas e pelos hominídios, até chegar há 20 mil anos ao homo sapiens, venha a terminar por causa de um país que é o 97º do planeta em extensão territorial e o 50º em população. Nem um anjo exterminador de primeira grandeza, tipo cavaleiro do apocalipse, merecemos?!

E o pior é a incômoda sensação de que já estaríamos indo tarde...
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* O rato que ruge é uma comédia famosa de 1959, estrelada por Peter Sellers, sobre pequena nação que declara guerra aos EUA, esperando perder e depois receber ajuda econômica para sua reconstrução... mas vence!

Um comentário:

Anônimo disse...

A monarquia norte-coreana é horrorosa, apenas a saudita rivaliza com ela. Os dois mais obscurantistas países do planeta. Porém, toda a crise na península coreana deve-se única e exclusivamente aos EUA. Como sempre enfiando o focinho no rabo dos outros. Não sei o porquê dos sul-coreanos continuarem putas dos americanos, sabendo que em caso de guerra serão destruídos. Quanto ao Japão, que atiça as chamas, Tóquio/Yokohama (praticamente uma cidade única) e Osaka podem ter o destino de Hiroshima e Nagasaki... pelas últimas ações do governo japonês a única coisa que eu diria é: bem feito!

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