Já recebi vários elogios pelas ilustrações que garimpo aqui e ali para complementarem os posts deste blogue. Como não sou desenhista e (até porque minhas páginas virtuais não me rendem um único centavo) me faltam recursos para encomendar charges e fotos a partir da proposta de cada texto, creio que esteja mesmo me virando bem com essas imagens que já existem...
Talvez a melhor escolha que fiz em todos os tempos tenha sido a do palhaço sinistro, portando fósforos acesos para botar fogo no circo, como representação do provocador-geral Janot.
Esta nota do Painel político da Folha de S. Paulo mostra o porquê:
"A equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, faz planos para impedir que Michel Temer consiga ganhar fôlego no Congresso após a apresentação da primeira denúncia contra o peemedebista, na próxima semana. O grupo estuda entregar ao Supremo um segundo pedido de ação penal contra o presidente antes mesmo de a Câmara decidir pela aceitação ou não da queixa inicial. Procuradores dizem que, com o que há hoje, é possível atribuir ao menos três crimes a Temer.
Em série Michel Temer deverá ser acusado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça. Há quem aposte que é possível unir elementos para uma quarta acusação: lavagem de dinheiro".
Se quem contou isso para a editora Daniela Lima quis apenas causar inquietação, conseguiu.
Se tal plano de batalha for mesmo levado à prática, tipificará uma sabotagem contra o presidente Michel Temer, que, mesmo sendo fraco e medíocre como é, mas não pode ser alvo de uma caçada rancorosa, obsessiva e desmedida por parte de outra autoridade da República.
O motivo é simples: a prolongada crise política paralisa o País e inviabiliza a melhora da situação econômica, sacrificando, acima de tudo, os pobres e os desempregados, que amargam desde 2015 os rigores de uma terrível recessão.
Sou o primeiro a afirmar que nunca haverá soluções reais para os explorados sob o capitalismo. Mas, inexistindo por enquanto as condições para a revolução que imprimisse um novo rumo à nossa sociedade, não nos compete, nesse meio tempo, contribuir para o agravamento das agruras pelas quais passam os indefesos.
Cabe a nós defendê-los, mesmo sabendo que qualquer recuperação econômica teria fôlego ainda mais curto que o do milagre brasileiro da década de 1970; mas, que sirva ao menos para os coitadezas recuperarem um pouco o fôlego! Isto, para um verdadeiro revolucionário, é mil vezes mais importante do que qualquer cálculo eleitoreiro. Quem luta pela causa do povo jamais pode apostar no quanto pior, melhor!, sobretudo quando as fichas são os tormentos infligidos ao nosso povo sofrido!
Enquanto Janot brinca de cavaleiro do apocalipse, os coitadezas continuam sofrendo... |
Então, se Janot considera que deva apresentar denúncia contra Temer, que o faça de uma vez só, sem vazamentos e ações concertadas para maximizarem o impacto junto à opinião pública, aos políticos e aos agentes econômicos. Tudo isso não tem nada a ver com as obrigações do seu cargo. Ele não está na PGR para desestabilizar presidentes com artifícios promocionais dignos de um Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler.
Mais: se decidiu atuar no font político, ou deixa imediatamente o cargo ou espera para o fazer depois que seu mandato terminar, em setembro. Certamente há partidos que o acolherão de braços abertos, face aos talentos demonstrados ultimamente.
Só precisa lembrar de tirar a bata, pois ela hoje destoa no seu corpo (e não é pelos muitos quilos em excesso...).
Nenhum comentário:
Postar um comentário