sexta-feira, 4 de março de 2016

E AGORA, DILMA?

"Mas por quê, afinal, você quer continuar no poder, Dilma?"
Uma razoável minissérie de TV é Helena de Troia (d. John Kent Harrison, 2003), que abordei neste post e pode ser assistida na janelinha lá de baixo.

Vem-me à mente aquela sequência em que Menelau e Ulísses vão à corte de Troia tentar convencer o rei Príamo a devolver Helena por bem, evitando a guerra com os gregos.

Príamo pergunta a Menelau: "Mas por quê, afinal, você quer Helena?

O rei cornudo só consegue dar respostas canhestras como "porque ela é minha" e "porque se vocês não a entregarem para mim, arrasaremos Troia".

E, embora o hábil Ulísses tente consertar a situação dizendo que o motivo é o amor, ambos saem com as mãos abanando e a guerra começa.

Fico pensando no que Dilma responderia se lhe perguntassem por quê, afinal, ela move céus, terras y otras cositas más para continuar no poder.

Até agora, ela só tem dito que seu mandato é legítimo e que quem tenta derrubá-la não passa de golpista. Mais nada!

Não promete, em momento nenhum, conseguir que as principais forças políticas deixem de se confrontar com a ferocidade atual, restabelecer a credibilidade do governo e tirar o Brasil da recessão à qual ela o conduziu (que já é, ou logo será, a pior de todos os tempos em nosso país).

Porque não tem a mínima ideia de como alcançar estes objetivos primordiais. Está perdida, superada pelos acontecimentos, e só a teimosia move seus atos e inspira suas palavras.

Já se encontra além de qualquer possibilidade de salvação, mas a ficha ainda não lhe caiu.

Se tivesse sensibilidade política, renunciaria de imediato, ao invés de condenar-se ao mais amargo fim.

Mas, principalmente nos últimos 14 meses, todos os brasileiros perspicazes percebemos que sensibilidade política é o que mais falta à Dilma. Pobre dela!

E pobre de nós, que continuaremos fustigados pela carestia, pelo empobrecimento e pelo desemprego, sabe-se lá até quando! 

Um comentário:

LUIZAO disse...

Sempre tive esperanças que nunca existisse o segundo mandato de DILMA, inicialmente que LULA retomasse a frente do governo em função da fraca atuação da Presidenta e na eleição na espectativa que LULA permanecesse fora da campanha e daí o PSDB levasse 2014, dando chance do PT retornasse em 2018 fortalecido mas sem esse vechame do segundo mandato de DILMA.

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