sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A MULHER ERRADA, NO LUGAR ERRADO, NA HORA ERRADA.

O filósofo Hélio Schwartsman tenta entender por que Dilma Rousseff se voluntariou para capitanear o Titanic brasileiro na viagem de 2015 a 2018:
"A presidente Dilma Rousseff, do PT, e o governador do Paraná, o tucano Beto Richa, disputaram e venceram sua própria sucessão. Até aí, tudo normal. Políticos costumam mesmo concorrer em eleições com a meta de ganhar. Não hesitam muito em mentir, adotar plataformas populistas, apelar ao caixa 2 etc. para lograr esse objetivo.
O problema é que, nestes casos em particular, como ambos estavam no poder, tinham pleno conhecimento da encrenca que os aguardava. Por que, então, se engajaram numa missão quase suicida, com reduzidíssimas chances de fazerem uma boa gestão e com o sério risco de ver suas biografias apequenadas?
A melhor explicação que vislumbro está na noção de autoengano, que alimentou neles a ilusão de que poderiam se sair bem".
Cansei de alertar que seria a maior roubada para Dilma estar à frente de um governo coagido pelo grande capital a colocar o País em recessão, a menos que ela tivesse coragem política para confrontar os realmente poderosos (o que, claro, não passava de sonho de uma noite de verão, estão aí o Joaquim Levy e a Kátia Abreu que não me deixam mentir...). 

Não é à toa que vaidade e vacuidade derivam da mesma palavra em latim: vanitas.

Certo está o Eclesiastes: "Vanitas vanitatum et omnia Vanitas" ("Vaidade das vaidades, tudo é vaidade").

O ruim é quando falta de autocrítica e uma vaidade desmedida ameaçam colocar o país em crise institucional, com grande possibilidade de impeachment presidencial ou, pior ainda, de golpe de estado.

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