Com a estreia recente do filme Oppenheimer, de Christopher Nolan, volta ao centro das atenções a Segunda Guerra e seu desfecho tenebroso. Existem debates na historiografia de que o Japão já teria se rendido à época do lançamento das duas bombas nucleares ou que a rendição teria ocorrido muito mais devido à eminente entrada da URSS nos combates contra o regime de Tóquio, pois antes ainda reinava o tratado de não agressão entre os dois países.
Seja como for, é preciso considerar o quanto a guerra foi desigual para os povos. A URSS, por exemplo, perdeu cerca de 26 milhões de pessoas, entre soldados e civis. A Alemanha, mais de 5 milhões e o Japão cerca de 1,5 milhão. Os EUA tiveram perdas majoritariamente militares, visto que os combates ficaram distantes de seu território principal, em cerca de 300 mil.
Contudo, acima do número de mortes está o sofrimento social vivido pelas populações, forçadas a viver em regime extremo de carestia, com comida racionada e em fuga. Nesse aspecto, a população japonesa sofreu profundamente, muito antes das bombas de Oppenheimer, o físico da morte, tivesse caído por lá.
Um filme clássico que aborda os impactos do conflito entre a população japonesa é Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka) obra de Isao Takahata, do mítico estúdio Ghibli. Lançado em 1988, o filme, que pode ser visto no Youtube através da janela ao final deste post, acompanha os irmãos Seita e Setsuko em sua luta pela sobrevivência após ficarem órfãos da mãe, morta durante um bombardeio estadunidense, e com a ausência do pai, embarcado na Marinha japonesa.
O triste retrato colocado no filme nos faz lembrar que para além das ações dos militares, com seus cientistas e bombas, em toda guerra existem pessoas comuns afundando no desalento. (por David Emanuel Coelho)
Um comentário:
https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/08/jose-de-souza-martins-oppenheimer-e.html
de quebra:...
https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/08/luiz-gonzaga-belluzzo-vanguardeiros-do.html
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