Quando eu era um pirralho de 6 anos já aprendi, lendo os gibis dos Sobrinhos do Capitão, que não se deve contrariar os doidos, mas sim fingir que acreditamos nos disparates deles.
É o que os militares estão fazendo com o Bozo, que desde a derrota eleitoral se mantém emburrado no Palácio da Alvorada, fazendo pirraças inofensivas, pois já não tem mais poder real nenhum para quebrar as louças da casa.
Como se brinca nos círculos políticos, para presidente em fim de mandato até o cafezinho chega frio. Mas há presidentes nesta condição que é melhor apaziguarmos, caso contrário insuflam debiloides que também ainda não saíram do reino do faz-de-conta a promoverem badernaços nas rodovias e diante dos quartéis.
Então, ao tirarem do palhaço genocida aquele que deveria ser o último pretexto para uma tentativa de autogolpe que também floparia (mas, a imaginação delirante dele e dos demais insanos terraplanistas ao seu redor sempre pode bolar mais algum plano infalível de antemão fracassado), os fardados passaram recibo de que nada de concreto existe para respaldar qualquer acusação de fraude eleitoral, mas, hipoteticamente, poderia ter ocorrido alguma manipulação.
Para bom entendedor, o recado foi: não encontramos evidência concreta nenhuma que justificasse uma impugnação do resultado do pleito, mas, para evitarmos que o doido surte, incluímos uma ressalva que em termos legais equivale a absolutamente nada, zero à esquerda.
Quando fiquei adulto e atuei na grande imprensa, aprendi também que é fundamental para o faturamento da mídia fazer com que os leitores acreditem que problemas já resolvidos ainda persistem indefinidos.
A política é transformada num novelão, quando está e sempre esteve muito mais para um jogo de cartas marcadas, no qual o carteador é o poder econômico.
Então, até agora pipocam especulações sobre tramoias palacianas que caberiam melhor nos enredos mirabolantes da franquia 007.
Mas, o que está acontecendo de verdade é apenas e tão somente a montagem de um novo governo por parte do Lula. O resto, como diria Shakespeare, não passa de uma tempestade de som e fúria significando nada. (por Celso Lungaretti)
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