terça-feira, 4 de outubro de 2022

PERIGO: GANHOU A EXTREMA-DIREITA REACIONÁRIA EVANGÉLICA!

D
epois da Teologia da Prosperidade,  a Teologia da Dominação

Nossa esquerda estava acostumada com as lutas contra o poder político da Igreja Católica, que exercia tal poder sobre o povo desde a colonização, com o controle da terra e implantação do escravagismo, não perdendo o controle nem com a Abolição,

E se desmobilizou na frente religiosa a partir da transformação operada dentro da Igreja: sua abertura para um socialismo cristianizado, para uma nova teologia libertária. 

Foi uma tendência que se cristalizou e marcou o movimento social no Brasil a partir dos anos 60, construída sobre as cinzas das ideias sociais libertárias marxistas comunistas reprimidas pelo varguismo, toleradas alguns anos depois da vitória contra o nazifascismo para serem de novo reprimidas.

Do fim da 2ª Guerra Mundial ao golpe de 1964, não houve muito espaço de liberdade para se fazerem grandes reformas sociais. Mas foram lançadas as bases para as principais leis sociais, algumas já vindas do varguismo, que salvaram o Brasil de revoluções regionais e de uma fragmentação.

As artes tiveram também um grande papel na não fragmentação do Brasil – a música, teatro, cinema, a literatura ajudaram a manter os brasileiros unidos na fase da industrialização.

Entretanto, enquanto o petismo procedia a transformações sociais indolores, revalorizando os trabalhadores, procedendo a reformas sociais sem atritos, alguma coisa se preparava na surdina.

Retornou com força o neocoronelismo  do controle das terras pela posse das riquezas naturais do Brasil, alimentado pelo projeto gigantesco do agronegócio de se apropriar das ricas terras nativas ainda não exploradas para a exploração agrícola intensiva de produtos básicos destinados à exportação, num recuo modernizado e atualizado à ideologia e economia da época colonial.

Mas isso não seria possível num Brasil que ganhava espaço no mundo internacional, na ONU, na diplomacia. Era preciso urgentemente encontrar um agente desagregador que infectasse o país e restabelecesse o mesmo clima dos tempos de domínio colonial.

Como? Que tipo de veneno poderia ser inoculado na pujante nação brasileira que já se destacava no cenário mundial? Uma droga capaz de ser consumida discretamente pelas camadas populares, torná-las dóceis, passíveis e controláveis.

Feitas as adaptações necessárias, os laboratórios sociais neocapitalistas estadunidenses produziram um novo veneno, o da Teologia da Dominação, baseada num releitura da Bíblia, uma mistura espúria e bem dosada de velho e novo Testamento, capaz de impedir os surtos de lutas por conquistas sociais na população pobre. 
Veneno sem cor e sem cheiro, ministrado semanal e discretamente em todas as escolas dominicais e lançado dos púlpitos das igrejas sobre os fiéis.

O Brasil não será mais o mesmo se não for encontrado um antídoto contra esse veneno do evangelismo neocapitalista da extrema-direita dos EUA,  inoculado pelo novos agentes do imperialismo em nosso país.

Será tarde demais? Talvez, mas é preciso reagir rapidamente, senão, além de nossa secessão e fim da nossa unidade política e territorial, será a pá de cal em toda nossa cultura, de todo nosso acervo cultural e da nossa filosofia brasileira de vida.

Parem um instante, reanalisem os fatores determinantes da eclosão dos novos paradigmas sociais lançados pela extrema-direita bolsonarista evangélica. Onde estão as fontes e as bases desse movimento extremamente reacionário e desmobilizador?

Nosso tempo é curto, se você concorda, em todo ou em parte, repasse e alerte seus amigos. O perigo disso que chamo de  Teologia da Dominação é crescente. Implantado discretamente como embrião durante a ditadura militar, esse perigo está atingindo hoje sua maturidade, aliado ao neoliberalismo e à extrema-direita internacional. 

Se não reagirmos, ele levará ao fim o Brasil que hoje conhecemos! (por Rui Martins)

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