Ele inventou o esquema 10-1: dez atrás e o Dudu se matando sozinho na frente. |
Negativo: o que vi mais parecia um treinamento de ataque contra defesa, com a equipe do técnico Abel Ferreira, fiel discípulo do também português e também retranqueiro José Mourinho, acreditando que, se evitasse com muito afinco o tento adversário, um gol acabaria lhe caindo do céu, já que nada fazia para o merecer.
Incrivelmente isto até aconteceu, com a marcação de um daqueles pênaltis que não passam de acidentes de jogo, sem intencionalidade. Como nem assim o verdão desmontou o seu ferrolho, permanecendo ancorado no seu campo, acabou castigado com um pênalti do mesmo tipo.
Para não ficar apenas nas minhas observações pessoais, eis alguns dados bem conclusivos do SofaScore:
— o Chelsea teve 71% de posse de bola, contra 29% do Palmeiras;
— finalizou 20 vezes, incluindo uma bola na trave, e o Palmeiras apenas 11;
— teve 7 escanteios a seu favor, contra 3 do Palmeiras;
— deu 790 passes, com 87% de precisão, contra 321 do Palmeiras, com 67% de precisão.
Com uma linguagem mais comedida, o bom jornalista esportivo Menon chegou à mesmíssima conclusão do que eu:
"O Chelsea é um bom time, mas é injustificável que termine com 71% de posse de bola. Não tem futebol para tanto.
O Palmeiras se limitou a esperar por uma bola. E tem time pra ser mais. Dava para jogar mais. Dava pra pressionar".
Numa de suas raras afirmações aproveitáveis, o fessô Vanderlei Luxemburgo disse que o medo de perder tira a vontade de ganhar. O Abel é a prova viva disto.
De resto, preferências clubísticas à parte, o desfecho acabou sendo bom para o futebol brasileiro: se o Abel fosse premiado por seu resultadismo de time nanico, dezenas de imitadores brotariam por aqui, piorando ainda mais partidas que já andam dando sono.
2x1 para o Chelsea foi pouco. (por Celso Lungaretti)
Que tal uma musiquinha para melhorar o nosso humor?
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