Coroando a extensa sucessão de cafajestadas cometidas durante as apurações da eleição presidencial dos EUA, que incluíram tuítes de incitamento aos seus seguidores no sentido de pressionarem para que não fossem contados os últimos votos (evidentemente por já saber que eles selariam a sua derrota), Trump deu a entrevista mais deprimente de que tomei conhecimento em mais de meio século acompanhando o noticiário de pleitos do Brasil e do mundo.
Assim, na noite desta 5ª feira (5), cabisbaixo e com a voz falhando em alguns momentos, ele leu na Casa Branca um pronunciamento à imprensa no qual apresentou várias acusações, todas sem provas, na linha de que seus adversários democratas, a grande mídia e o dinheiro grande teriam formado uma tríplice aliança para roubar-lhe a reeleição. Recusou-se, em seguida, a responder às perguntas do jornalistas.
As três principais redes de TV dos EUA (ABC, CBS e NBC), que transmitiam ao vivo o patético jus sperniandi presidencial, suspenderam a transmissão ao constatarem que ele continuaria se queixando de fraude eleitoral de forma genérica, sem apresentar quaisquer fatos concretos para respaldar suas afirmações.
Comentando o triste espetáculo protagonizado por Trump, o principal âncora do canal CNN, Anderson Cooper, fez a comparação mais hilária de toda a campanha:
"Este é o presidente dos EUA..É a pessoa mais poderosa do mundo e o vemos como uma tartaruga obesa com o casco para baixo, se debatendo no sol quente e percebendo que a sua vez acabou.Mas ele não aceita e quer afundar o país junto consigo".
Como se dizia antigamente: entrada de leão, saída de cão. (CL)
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