segunda-feira, 26 de outubro de 2015

LEVY É UMA UNANIMIDADE NEGATIVA: NÓS DEPLORAMOS SUA IDEOLOGIA E OS GRANDES EMPRESÁRIOS, SUA INÉPCIA.

Fui, provavelmente, o primeiro articulista da internet a afirmar que, afora ser um representante da odiosa escola do neoliberalismo, Joaquim Levy não passa de um economista de segunda linha, que respondia por uma das diretorias menos influentes do Bradesco, jamais teve projeção acadêmica e nem sequer é respeitado, em termos técnicos, pelos grandes empresários. Dilma engoliu gato (o subalterno que o Luís Carlos Trabuco indicou) por lebre (o próprio Trabuco, que astutamente recusou o convite dela para ser ministro da Fazenda).

Também desta vez a confirmação não tardou. Na edição desta 2ª feira (26), a Folha de S. Paulo expressa, em editorial, o desencanto do empresariado com o ministro que tudo faz para bem servi-lo, mas tropeça nas próprias pernas devido à sua crassa incompetência. Só a Dilma não percebe que se desgasta inutilmente carregando uma mala sem alça:
"Apesar de progressos e boas intenções, a equipe econômica falhou [os grifos são todos meus] -mesmo que se descontem as sabotagens de que foi vítima no Congresso e no próprio Planalto.  
O governo federal está prestes a anunciar um deficit de R$ 50 bilhões -ou de até R$ 100 bilhões, caso deva pagar despesas de anos anteriores adiadas de modo controverso, se não ilegal. A amplitude das possibilidades dá uma boa ideia da desordem orçamentária e dos graves erros de estimativa. 
Em abril, o governo apresentou seu Orçamento de fato. Considerava um aumento real de receita de 5%; propunha-se um superavit primário de 1% do PIB. 
A receita, porém, cai quase 5%. O governo agora nem sabe de quanto será o deficit, talvez 0,6%, sem considerar pagamentos atrasados. Em suma, um erro da ordem de uma centena de bilhão de reais

Decerto houve frustração de receitas devido a uma recessão maior que a prevista (esperava-se queda de 1,2% do PIB em abril; agora, de 3%). O Congresso rejeitou parte do pacote de ajuste. Não se pode apostar em verbas extraordinárias, até porque a crise tornou inviável a venda de ativos e concessões. 
Ainda assim, o governo foi otimista demais com suas receitas. Também não foi capaz de apresentar plano de médio prazo para recuperar as contas, sem o que as expectativas econômicas continuaram a se deteriorar, derrubando o crescimento e a arrecadação".

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