"Todos os participantes desse processo –políticos, Executivo, autoridades– têm de pensar grande. Precisamos ter a grandeza de buscar a convergência... As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país." (Luís Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, em 08/08/2015, evitando pronunciar-se sobre a impopularidade da presidenta Dilma Rousseff mas lhe dando apoio implícito, além de entrar para os anais da psicanálise como o pai do ego impessoal)
"Seria um artificialismo querer tirar a presidente neste momento. Criaria uma instabilidade ruim para nossa democracia... Não se pode tirar um presidente do cargo porque ele momentaneamente está impopular." (Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, em 23/08/2015, rechaçando explicitamente o impeachment de Dilma)
As perguntas que não querem calar:
- afinal, não era a Marina Silva a queridinha dos banqueiros?
- não foi este o motivo que a campanha de Dilma utilizou para convencer o eleitorado de que a reeleição seria o mal menor?
- o risco de o governo ser colocado a serviço dos grandes bancos não era representado por Marina?
- como se explica que o presidente do Bradesco tenha sido convidado para assumir o Ministério da Fazenda e, ao recusar o convite, haja conseguido colocar no posto um dos seus funcionários subalternos?
- como se explica o empenho evidente de Trabuco e Setúbal em salvarem o pescoço de Dilma?
- o que, afinal, Joaquim Levy prometeu aos dez me(r)dalhões do setor financeiro, no conchavão de 12/08/2015, a partir do qual todos se tornaram governistas desde criancinhas?
- em quanto os correntistas serão garfados adiante, como contrapartida da força que os tubarões da agiotagem estão dando a Dilma?
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