domingo, 3 de maio de 2015

BLOGUEIROS AMESTRADOS DEFENDEM O QUE HÁ DE PIOR: DESDE OS DONOS DE EMPREITEIRAS ATÉ O TOFFOLI!!!


É total a minha decepção com os blogueiros chapa branca, que em todos os assuntos se posicionam levando em conta unicamente conveniências palacianas. 

P. ex., acompanhando de cabo a rabo todas as sessões do STF referentes ao Caso Battisti, constatei que Ricardo Lewandowski era reacionário até a medula e José Dias Toffoli, o exato oposto do que se espera de um membro da mais alta corte do País.

[Nunca esquecerei de quando fomos entregar pessoalmente um memorial em favor de Cesare Battisti aos ministros do STF: os senadores Eduardo Suplicy e José Nery, o professor Carlos Lungarzo e eu, ex-preso político.

Quatro homens respeitáveis, veteranos defensores das boas causas, fomos atendidos de forma cortês e civilizada por quase todos os ministros, mesmo os que mais divergiam de nossa posição, como Gilmar Mendes e Cezar Peluso.  

A única exceção foi, claro, Toffoli, que não escondeu o desprezo por quem ainda é movido por ideais e mostrou lamentar cada segundo desperdiçado...]

No entanto, Lewandowski virou ídolo da rede virtual petista ao mostrar evidente simpatia pelos réus do mensalão e Toffoli, por colocar na rua empresários corruptores.

[É de um ridículo atroz supostos esquerdistas se porem, impudicamente, a defender patrões e a exultar com sua libertação, quando deveriam é estar, agora e sempre, exigindo sua prisão, pois motivos jamais faltaram!!!]

Agora, a revista veja divulga suspeitas sobre Toffoli e os blogueiros amestrados correm a defendê-lo, como se ademais não fosse, disparado, o pior de todos os atuais ministros do STF.

Eis, na íntegra, algo que escrevi em agosto de 2013: minha desolada mea culpa por ter apoiado a indicação de Toffoli para o Supremo, um dos piores erros que cometi em toda a minha vida. 

A lição que tirei foi a de nunca mais posicionar-me, em nenhuma questão por critérios utilitários. Esses mesmos que norteiam cada frase escrita pelos papagaios do Planalto.

AS MUITAS LIGAÇÕES PERIGOSAS DO MINISTRO TOFFOLI

Qual é a cara do deslumbramento com o poder? Esta.
Quem acompanha meu trabalho sabe que eu tenho uma razoável taxa de acertos em posicionamentos e previsões. 

Mas, evidentemente, infalível não sou. E meu maior erro, de um bom tempo para cá, foi ter apoiado José Antonio Dias Toffoli para ministro do Supremo Tribunal Federal.

Naquele segundo semestre de 2009, os ministros Gilmar Mendes e Cezar Pelluso agiam de maneira gritantemente parcial em todos os trâmites referentes a Cesare Battisti. As perspectivas para o julgamento do pedido de extradição italiano eram as piores possíveis. Então, quando o presidente Lula indicou para o STF um advogado inexpressivo, sem currículo à altura e até suspeito de más práticas, cometi um erro que costumo recriminar nos outros: posicionei-me utilitariamente. Mea maxima culpa.

Pensava com meus botões que ele jamais conseguiria ser pior do que Mendes e Peluzo, a aliança do reacionário por conveniência com o reacionário por carolice.

Só que Mendes contra-atacou, dando entrevistas nas quais pôs em xeque a qualificação de Toffoli.  Foi o bastante para boa parte da grande imprensa, que obedecia à sua batuta, fazer coro indignado. Até em editoriais. 

Toffoli é o papagaio de pirata, não o beijoqueiro
Aí Toffoli e Mendes conversaram a sós... e o segundo mudou diametralmente de posição. Passou a endossar o novo colega; e o PIG, obediente, se calou. 

Não foi surpresa nenhuma para nós quando Toffoli,  já empossado, se declarou impedido para julgar o Caso Battisti. Sabíamos que alguma contrapartida haveria. E até adivinhávamos qual seria. Esta mesma. 

Agora, O Estado de S. Paulo revela que Toffoli NÃO se declarou impedido para relatar processos que envolvem o Banco Mercantil do Brasil, instituição para a qual deve até as calças. E que as prestações dos seus dois empréstimos (totalizando R$ 1,4 milhão) foram, magnanimamente, reduzidas de 1,35% para 1%. Como diria um humorista, isto é que é bondade da boa...

Toffoli também NÃO se declarou impedido para atuar nos processos do advogado Roberto Podval, aquele criminalista que o convidou para assistir a um casório na ilha italiana de Capri, com as (nababescas)  despesas de hospedagem todas pagas. 

NEM para relatar no STF uma ação envolvendo um adversário político do seu irmão José Ticiano Dias Toffoli.

Vamos ver se o STF, que tanto critica o corporativismo no Congresso Nacional, será agora capaz de cortar a própria carne. Caso contrário, concluiremos que toda aquela retórica empolada não passava de conversa pra boi dormir.

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