segunda-feira, 13 de abril de 2015

LILIPUTIANO DE CARVALHO DEMITE O GULLIVER CARSUGHI

Fiquei estarrecido ao ler, neste belíssimo post do Menon, a notícia da demissão do decano dos comentaristas esportivos em atividade no Brasil, Claudio Carsughi.

Italiano de Arezzo, Carsughi tem 82 anos, radicou-se no Brasil em 1946 e quatro anos depois já estava cobrindo o Mundial da Fifa para o Corrière dello Sport. Segundo ele próprio, só na Jovem Pan trabalhou quase 60 anos.

Ele atribui sua saída à direitização da JP:
"A rádio está passando por uma mudança de perfil. Ela assumiu uma postura de direita, que nunca tinha tido. Sempre se ouvia os dois lados. Hoje tem uma posição frontalmente contrária ao PT, à Dilma, ao Lula. Talvez com isso espere o retorno publicitário com empresas do mesmo perfil".
Faz sentido, se levarmos em conta, p. ex., o artigo que reproduzi aqui, de enorme dignidade, que me levou a prestar um merecido tributo ao velho mestre.
Carsughi e o falecido Aluani Neto entrevistando Fittipaldi

Meu recado a ele é: não ligue para a pequenez desses mimadinhos que passam a vida inteira tentando provar-se merecedores do que meramente herdaram e quase sempre fazem encolher de ano a ano, até as empresas falirem ou tornarem-se nanicas. Eles têm inveja dos titãs porque dinheiro nenhum do mundo os colocará no nível dos verdadeiramente grandes. 

Do clã, Paulo Machado de Carvalho é o único que deixou sua marca na história do esporte e do jornalismo.  O filho é aquele que pode ter destruído um vídeo do Geraldo Vandré por mera pirraça (hipótese que levantei aqui). E o neto foi quem conseguiu ofender todos os jornalistas dignos deste nome com uma atitude de estultice e ingratidão inqualificáveis. 

Tomara que a antipatia que ele está granjeando seja a pá de cal para uma emissora que há muito perdeu a identidade e o rumo.

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