Pela segunda vez faço neste espaço uma dobradinha com meu velho companheiro de batente na Agência Estado e amigo do peito há quase três décadas, Apollo Natali. Para quem não se lembra, em maio ele nos brindou com uma belíssima reportagem sobre o Bixiga (vide aqui), que me inspirou a escrever de bate-pronto uma crônica sobre a Mooca de outrora (vide aqui).
Agora, confesso, meu texto veio antes, antecedendo em quatro anos o seu desabafo contra os que surfam na onda do Hino Nacional sem terem compromisso nenhum com a grandeza da Nação ou com a dignidade do nosso povo.
Mas, nem que seja para matar a saudade dos tempos em que éramos atrações permanentes de um serviço noticioso criado pelo próprio Apollo e distribuído aos clientes da AE de todo o Brasil, aproveitei a chance para tabelar com ele de novo. Sem nenhuma pretensão de comparar-nos a Pelé e Coutinho, ou Sócrates e Palhinha...
Salvo na postura que sempre mantivemos, de não nos limitarmos ao funcionalmente necessário, procurando oferecer algo mais aos nossos públicos; no caso, um pouco de reflexão, um tantinho de arte.
Éramos daqueles que encaravam o jornalismo não apenas como ganha-pão, mas também como sacerdócio, missão: travando uma batalha que sabíamos de antemão perdida, tentávamos manter vivo o culto à verdade, resistindo como podíamos à desinformação programada da indústria cultural.
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