quinta-feira, 7 de agosto de 2014

E SE EU QUALIFICASSE O JUIZ DE 'MAGISTRADO TORQUEMADA'?

Se, hipoteticamente, eu me referisse ao juiz Marcelo Matias Pereira, da 10ª Vara Criminal, como magistrado Torquemada, é bem provável que fosse processado e até preso.

No entanto, o meritíssimo houve por bem qualificar os perseguidos pela criticadíssima polícia do Geraldo Alckmin de esquerda caviar, ao negar-lhes o pedido de liberdade.

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que representa Fábio Hideki Harano, arguiu a suspeição do juiz, por haver feito um prejulgamento, manifestando evidente preconceito ideológico com relação ao acusado.

"Que segurança jurídica o meu cliente terá?", indaga Greenhalgh.

Eu acrescentaria que, mesmo trocando-se o togado, permanecerá o fato de Harano haver sido falsamente acusado de portar explosivos e, quando o laudo atestou que não o eram, o próprio governador ter vindo a público dizer que havia outras provas. Quais? Do mesmo quilate? É papel de um governador maquilar a incompetência policial?
Eles não usam mais algemas. Enfim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fico com a impressão de que a segurança jurídica de Harano depende também da troca de jurisdição para outro Estado.

P.S.: o mesmo juiz decidiu, na noite desta 5ª feira, 7, mandar libertarem Harano e também Rafael Marques Lusvarghi. Ambos passaram 45 dias presos por conta da caça às bruxas deflagrada pela polícia do Alckmin. O meritíssimo reconheceu que o fato de não serem explosivos o  que era triunfalmente apresentado como tais enfraqueceu a acusação. Poderia ter admitido também que a péssima repercussão do gracejo sobre "esquerda caviar" enfraqueceu a sua autoridade para continuar mantendo a rigidez anterior; mas, sua sinceridade não chegou a tanto.

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