Das duas, uma.
Ou erraram Michelangelo Buonarroti e todos os grandes artistas que representaram Deus com uma farta e respeitável barba.
Ou Deus teria seu ingresso proibido na Cidade de Deus do Bradesco (1).
Pois o banco luta há anos para assegurar na Justiça o direito de proibir que seus funcionários usem barba.
A abusiva medida, um verdadeiro atentado à liberdade individual, havia sido impugnada pela 5ª Região do Tribunal Regional da Bahia, que condenou o Bradesco a pagar uma indenização de R$ 100 mil.
Acaba de decidir o contrário a segunda instância, cujos juízes parecem não ter se dado conta de que a ditadura acabou em 1985.
A batalha jurídica prosseguirá, pois o Ministério Público do Trabalho já anunciou que vai recorrer -- com, acrescento eu, 100% de possibilidades de obter a vitória final.
A batalha jurídica prosseguirá, pois o Ministério Público do Trabalho já anunciou que vai recorrer -- com, acrescento eu, 100% de possibilidades de obter a vitória final.
Afinal, juridicamente, não há nem o que discutir: uma arbitrariedade destas só passa pela cabeça dos autoritários mais tacanhos e ridículos.
De resto, eu tenho outra certeza, também absoluta: Deus jamais quereria entrar na Cidade de Deus do Bradesco, ou de qualquer outro banco.
Afinal, foi em nome d'Ele que Jesus Cristo expulsou os vendilhões do templo e disse ser mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.
- Complexo no município paulista de Osasco onde estão instalados a matriz do Bradesco, departamentos, equipamentos de informática, museu e escola.
Um comentário:
É possível que não fosse agradável para deus ser cúmplice de financiador da Oban:
o famoso "mamador" Aguiar, fundador dessa porcaria, é citado como um dos grandes da repressão no filme sobre boilesen.
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