quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O ORIENTE MÉDIO ESTÁ PRENHE DE REVOLUÇÕES

Os acontecimentos atuais no Egito apenas comprovam que o Oriente Médio está prenhe de revoluções. 

Já passou da hora de o povo botar pra correr os tiranos que o oprimem, pouco importando se são aliados dos Estados Unidos ou fundamentalistas ensandecidos.

O que eles têm em comum é priorizarem, acima de tudo, a perpetuação dos regimes de força que sustentam seus privilégios. 

Retórica à parte, seu inimigo principal não é Israel, EUA ou qualquer país da região, mas  sim as massas de suas próprias nações, às quais achatam e tentam manter subjugadas por meio do fanatismo religioso, do ódio a qualquer Grande Satã ou pela intimidação e terror puro e simples.

Então, para um verdadeiro revolucionário, só há um partido a tomar: ao lado do povo que se revolta, sempre!

No Egito ou no Irã, os vilãos podem parecer diferentes mas, em essência, igualam-se na faina insensata de tentarem represar a ânsia de liberdade dos seus cidadãos.

Em vão. O chicote e os apedrejamentos não têm lugar  no século 21. A dominação brutal está com os dias contados; pertence a um passado odioso, que deve mesmo ser sepultado.

Enquanto isso,  por aqui nós temos de nos haver com a dominação velada, cujo principal instrumento não  são as tropas truculentas, mas sim a mesmerização das consciências pela indústria cultural, garantindo sobrevida ao capitalismo putrefato.

Quando os egípcios não estiverem mais sob as botas de um tirano, perceberão, aos poucos, que este foi só o primeiro passo do caminho que leva à sua verdadeira emancipação.

E que a liberdade a ser conquistada é bem maior do que a básica (mas não menos necessária e imprescindível) que eles estão a um passo de conquistar.

3 comentários:

JFSN disse...

Infelizmente caro amigo, a troca do comandante e não da forma de comando, faz desta revolução uma utopia, tal qual parece ao vermos cavaleiros e camêleiros correndo sobre esses animais nas principais ruas do Egito de Hoje, para atropelar o seu próprio povo.
Mais surreal, utópico e quimérico, é saber que ainda andam de Camêlo no asfalto por culpa de quem os está pagando para atropelar os próprios irmãos. O ditador que os usurpou por trinta anos e segundo a Globo, acumula uma fortuna avaliada em mais de R$ 35.000.000.000,00 (trinta e cinco Bilhões de dólares fora do Egito.
Como entender? Tanto a maioria do povo do egito, quanto esse seu ainda ditador, se são de uma mesma religião rígida e exigente que praticamente dita os rumos desta nação?
José Fonte de Santa Ana.

Denise Patti disse...

Santa Ana, me meto um pouco no teu comentario. Você diz: "como entender? Tanto a maioria do povo do Egito..." A única coisa que há que entender nesta altura do campeonato é que finalmente o oriente está despertando e utilizando sua força de massa para empreender o longo caminho até a liberdade. Depois.... com religião, sem religião, com seus costumes... eles evoluirão como sociedade. E aqui também se podiam ver (e com bastante frequencia)"cavalos de dois andares" atropelando seu proprio povo. E nenhuma revolução é uma utopia. Utopia é imaginar, estando muito cansados e com muita sede, que magnífico sería um oasis e não tentar chegar até ele. Abraço.

Denise Patti disse...

Celso, Sobre essa sua observação que copiei e colo "Enquanto isso, por aqui nós temos de nos haver com a dominação velada, cujo principal instrumento não são as tropas truculentas, mas sim a mesmerização das consciências pela indústria cultural, garantindo sobrevida ao capitalismo putrefato." , estou totalmente de acordo. E contra essa dominação há que agir conscientizando. É uma luta contra gigantes.

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