Quanto mais o capitalismo putrefato se evidencia como ameaça terrível à sobrevivência da humanidade, mais se impõe uma releitura dos proféticos autores que há décadas nos alertaram: perpetuando-se para além do esgotamento de sua função histórica, o capitalismo assumiria na sobrevida o papel de agente do instinto de morte.
São eles Herbert Marcuse (Eros e Civilização, 1955) e Norman O. Brown (Vida Contra Morte, 1959), cujas teorias são complexas demais para serem adequadamente abordadas neste post.
Vale notar, entretanto, que, aplicando à análise histórica os ensinamentos freudianos, eles chegaram a conclusões não muito diferentes das de Friedrich Engels no século XIX, em sua advertência célebre: se o capitalismo conseguisse represar indefinidamente a revolução necessária para que a História continuasse avançando, provocaria o advento da barbárie, como aconteceu com o Império Romano.
Enfim, os sinais estão todos aí. Desde os riscos cada vez maiores de sucumbirmos ao aquecimento do planeta e ao esgotamento de recursos naturais necessários para a sobrevivência da espécie humana,devido à prioridade do lucro sobre o bem comum, até os reveladores/presságos absurdos nossos de cada dia.
Caso da decisão da Justiça Federal anunciada nesta 5ª feira (29), suspendendo a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que restringia a publicidade de alimentos com altos teores e açúcar, sódio e gorduras trans e saturadas.
Ou seja, que os homens se tornem cada vez mais obesos e estourem de enfarte, de preferência à queda do faturamento dos fabricantes desses venenos e das agências de publicidade que os impingem.
Thanatos explica.
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