Mas, coerentemente com tudo que escrevi até agora, eu creio que o melhor critério para eleitores que tenham clareza quanto ao fato de serem revolucionários (e não meros reformistas) é:
- prestigiarem candidatos anticapitalistas de partidos anticapitalistas, para a Presidência da República e o governo estadual;
- fazerem o mesmo para o Legislativo federal e estadual, eventualmente abrindo exceção para candidatos louváveis e confiáveis que estejam desgarrados nos partidos reformistas.
Sinceramente, eu tinha bons nomes em quem votar para deputado federal e estadual, e não havia ninguém nessas condições entre os aspirantes a senador, então poderei seguir sem conflitos meu próprio critério.
No entanto, se um Eduardo Suplicy da vida estivesse disputando este pleito, não deixaria de o apoiar em função de -- como o Plínio de Arruda Sampaio disse à Marina Silva -- ele não ter sabido a hora de certa de sair.
Eu e todos que gostamos do Suplicy o vemos muito mais identificado com o PSOL, p. ex., do que com esse PT que em época de eleições se esquiva até de apoiar o direito das mulheres ao aborto.
Faz lembrar até a velha piada a respeito do PSD mineiro: nem sim, nem não, muito pelo contrário...
4 comentários:
Se a direita joga sujo e o povo ainda é preso a crendices ou preconceitos contra defesa do aborto ou direitos aos gays, eu acho correto que os partidos da esquerda se façam de bobos e silenciem sobre esses assuntos no calor da campanha.
Pode não ser muito ético, mas acho válido.
Fazer o contrário seria FAVORECER E MUITO a direita e seus candidatos.
Só com pureza de princípios não se vai a lugar nenhum. Principalmente quando o inimigo não tem nenhuma preocupação ética.
Amanhã é o dia de mais uma batalha que estamos travando por um Brasil mais ético, com mais justiça social, com mais honestidade por parte de nossos governantes.
Amanhã deveremos optar por dois caminhos.
O primeiro, com Dilma e o PT, continuam nos levando rumo ao atraso, a ditadura do proletariado, rumo as forças que conduzem a morte e não a vida.
O segundo é o caminho que nos direciona para o desenvolvimento, para a consolidação de nossa democracia, para a liberdade, para as forças que conduzem a vida.
Nestes últimos oito anos de governo petista vimos nossos impostos subirem a 38% do PIB.
Vimos prosperar as nulidades e a corrupção, a impunidade a demagogia.
Temos como candidata oficial do governo uma nulidade, que sabe, pelo menos, que na Inglaterra eles são ingleses.
Temos um presidente e uma candidata que diáriamente cometem crimes contra a Constituição e as leis do Brasil. Que enriqueceram ilicitamente às custas do dinheiro do povo.
Nosso sistema de saúde é um desastre completo. Nossa qualidade de ensino uma vergonha mundial, a insegurança pública causa a morte de milhares de jovens todos os anos, a seguridade social é indigna.
Agora só depende de cada um de nós.
No entanto a luta não termina com estas eleições. Independentemente dos resultados finais a guerra por um Brasil ético e com justiça social continua.
O que vamos definir é se esta guerra vai levar mais tempo ou menos tempo.
Vamos enfrentar de frente, como a ilustração, sem medo, sem piscar, estes mafiosos que dominam o Brasil hoje.
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE DE LULA, DE DILMA E DO PT OU MORRER PELO BRASIL
Laguardia,
eu quero é livrar a Pátria do capitalismo. Este é o inimigo.
Quanto ao PT, é um partido ambivalente, então faz mais sentido estimularmos suas tendências anticapitalistas e combatermos as posições reformistas.
Roberto, utilitaristas e maquiavélicos pensam assim: vale uma pequena trapaça agora para fazermos o certo adiante.
Já os marxistas e anarquistas são dialéticos: consideram que fins e meios estão em permanente interação, de forma que quem recorre a meios vis, envilece também seu objetivo final.
A discussão sobre o aborto não é um papo de salão: sem poderem recorrer à rede pública e aos convênios para se livrarem de uma gravidez indesejada, as mulheres pobres acabarão fazendo o aborto de qualquer jeito, em condições precárias, correndo grandes riscos.
Já as dondocas sempre encontrarão médicos caros que façam a vontade delas por baixo dos panos.
Como opção moral, eu sou contra o aborto. Mas, defendo o direito de escolha das mulheres, pois são elas que arcam com o sofrimento.
Se o governo do PT tivesse trabalhado com as bases e tivesse optado por uma política revolucionária a em vez de aliar as oligarquias, talvez não precisasse ser cínicos na campanha.
Não iremos a lugar nenhum com princípios até por que esses fazem parte da super estrutura, setor subordinado a infra estrutura, ou base (vida material). Como vemos o marxismo "vulgar" está vivo em pleno século XIX.Se é que podemos invocar o pior da ciência do proletariado,aqui a religião da burocracia, para explicar isso...
Agora queria saber por que as pessoas ainda insistem em acreditar nessas coisas que o segundo comentarista escreveu?
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