Muitos produtos da indústria de entretenimentos dos EUA têm sugerido, através dos tempos, que os wasp's (brancos, anglo-saxões e protestantes) seriam intrinsecamente superiores aos mestiços latino-americanos -- os quais chegam a ser designados, de forma pejorativa e infame, como cucarachas.
No entanto, são as baratas e não os capitães américa que costumam arriscar a vida por desconhecidos em perigo.
A história acaba de se repetir: um mexicano de 29 anos, carpinteiro desempregado e desarmado, ousou perseguir o sequestrador de uma criança, acabando por a resgatar.
Victor Pérez, imigrante legal que mora em Fresno (Califórnia), viu passar o carro com o pedófilo e sua vítima, uma menina de oito anos.
Identificou-o pelos dados do noticiário e saiu em seu encalço com uma velha picape 1988.
Cortou o veículo diversas vezes, até obrigá-lo a parar.
O sequestrador liberou a criança, para poder fugir (a polícia o capturou logo depois).
A vida da menina foi salva, mas ela não escapou de ser molestada, horas antes.
A imprensa destacou o feito e o governador Arnold Schwarzenegger saudou Pérez como "um verdadeiro herói", pedindo aos empresários que lhe oferecessem emprego.
Mas, a história nem sempre tem final feliz.
Em abril último, outro desempregado, este reduzido à mendicância, socorreu uma mulher que estava sendo assaltada e acabou esfaqueado.
O guatemalteco Hugo Alfredo Tale-Yax, de 31 anos, morreu depois de ficar durante hora e meia esvaindo-se em sangue numa calçada de Nova York, sem que nenhum transeunte o socorresse.
Talvez até façam um filme sobre Victor Pérez.
Mas, nem isto Tale-Yax terá, pois o episódio foi revelador demais da verdadeira índole dos estadunidenses.
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