segunda-feira, 31 de maio de 2010

SAUDEMOS O HONORÁVEL JOSÉ SERRA, MARQUÊS DE COCHABAMBA!

Em 1930, a imprensa criou grande expectativa em relação à terrível batalha que se travaria na cidade de Itararé, divisa entre São Paulo e Paraná, ponto provável do encontro dos rebeldes getulistas com as tropas leais a Washington Luís.

Mas, tudo foi resolvido por negociação. Uma junta governativa assumiu o poder, sem que fosse disparado um único tiro.

A reação do genial humorista Aparício Torelly foi proclamar-se Barão de Itararé, com a seguinte justificativa:
"Fizeram acordos. O Bergamini pulou em cima da prefeitura do Rio, outro companheiro que nem revolucionário era ficou com os Correios e Telégrafos, outros patriotas menores foram exercer o seu patriotismo a tantos por mês em cargos de mando e desmando… e eu fiquei chupando o dedo. Foi então que resolvi conceder a mim mesmo uma carta de nobreza. Se eu fosse esperar que alguém me reconhecesse o mérito, não arranjava nada. Então passei a Barão de Itararé, em homenagem à batalha que não houve".
O presidenciável demotucano José Serra deveria mirar-se nesse exemplo: para mascarar o fracasso de sua estapafúrdia cruzada contra a Bolívia, da qual nada resultará além de papo furado, por que não intitular-se, p. ex., Marquês de Cochabamba, em homenagem a mais essa batalha que não houve?

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