Num extremo a imprensa burguesa, manipulando grotescamente o seu público ao derivar as mais sinistras implicações da frase infeliz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os dissidentes cubanos, como se ele fosse um circunspecto pensador acadêmico e não um intuitivo que improvisa suas falas, empolga-se com os aplausos e frequentemente cai em ridículo por dizer a primeira coisa que lhe vem à cabeça.
Noutro, uma esquerda obtusa (vide alguns comentários neste site, p. ex.) que pensa servir à causa revolucionária negando aquilo que todos sabem ser verdade -- postura cujo único resultado concreto é fazer-nos perder credibilidade junto a quem ainda consegue separar fatos de propaganda política.
No meio, eu e o Carlos Lungarzo, mantendo a fidelidade à proposta original do marxismo e anarquismo, que nasceram ambos libertários.
É claro que os dois rolos compressores prevalecem sobre nós, em termos de volume de textos espalhados e de pessoas atingidas.
Mas, o importante é oferecermos, aos poucos que chegam a ler nossos artigos, uma alternativa a esses enfoques de tempo de guerra, em que grassa a mentira como terra.
"Cada verso é uma semente/ no deserto do meu tempo", disse o grande Sérgio Ricardo.
Incrivelmente, o deserto ficou mais árido depois de escorraçada a ditadura militar e do próprio fim da guerra fria. Esta última parece ter se transferido para a internet, que virou terreno minado onde só conseguem sobreviver exércitos.
Isenção, equilíbrio e espírito de justiça viraram palavrões e os que ainda os preservam são taxados de agentes inimigos. [Vide meu caso: os direitistas me apontam como lulista atrás de uma boquinha, enquanto os stalinistas garantem estar a serviço da CIA qualquer um que dê ouvidos às entidades defensoras dos direitos humanos, inclusive eu.]
É estressante ir contra a corrente, sendo vítima da incompreensão e, frequentemente, das mais vis calúnias? É.
Mas, ao contrário da música célebre do Chico Buarque, não vejo roda-viva a que não poderei resistir. Já passei pelas piores imagináveis e conservei meus ideais. Enquanto estiver vivo, continuarei denunciando o primarismo político da direita putrefata e da esquerda troglodita.
Um precedente histórico que sempre me vem à lembrança é o da República de Weimar. Os nazistas a atacavam pela direita e os comunistas, temerariamente, o faziam pela esquerda. Alcunhavam os sociais-democratas, seus aliados naturais, de "sociais-fascistas".
Apostaram todas as suas fichas em que, contribuindo para a derrubada do governo democrático, seriam eles a conquistar o poder, vencendo a batalha subsequente contra os nazistas.
Mas perderam, condenando a Alemanha à barbárie hitlerista e os outros povos aos horrores da II Guerra Mundial.
Quem não aprende com as lições da História, tende a cometer novamente os mesmos erros. Quase sempre trágicos.
Noutro, uma esquerda obtusa (vide alguns comentários neste site, p. ex.) que pensa servir à causa revolucionária negando aquilo que todos sabem ser verdade -- postura cujo único resultado concreto é fazer-nos perder credibilidade junto a quem ainda consegue separar fatos de propaganda política.
No meio, eu e o Carlos Lungarzo, mantendo a fidelidade à proposta original do marxismo e anarquismo, que nasceram ambos libertários.
É claro que os dois rolos compressores prevalecem sobre nós, em termos de volume de textos espalhados e de pessoas atingidas.
Mas, o importante é oferecermos, aos poucos que chegam a ler nossos artigos, uma alternativa a esses enfoques de tempo de guerra, em que grassa a mentira como terra.
"Cada verso é uma semente/ no deserto do meu tempo", disse o grande Sérgio Ricardo.
Incrivelmente, o deserto ficou mais árido depois de escorraçada a ditadura militar e do próprio fim da guerra fria. Esta última parece ter se transferido para a internet, que virou terreno minado onde só conseguem sobreviver exércitos.
Isenção, equilíbrio e espírito de justiça viraram palavrões e os que ainda os preservam são taxados de agentes inimigos. [Vide meu caso: os direitistas me apontam como lulista atrás de uma boquinha, enquanto os stalinistas garantem estar a serviço da CIA qualquer um que dê ouvidos às entidades defensoras dos direitos humanos, inclusive eu.]
É estressante ir contra a corrente, sendo vítima da incompreensão e, frequentemente, das mais vis calúnias? É.
Mas, ao contrário da música célebre do Chico Buarque, não vejo roda-viva a que não poderei resistir. Já passei pelas piores imagináveis e conservei meus ideais. Enquanto estiver vivo, continuarei denunciando o primarismo político da direita putrefata e da esquerda troglodita.
Um precedente histórico que sempre me vem à lembrança é o da República de Weimar. Os nazistas a atacavam pela direita e os comunistas, temerariamente, o faziam pela esquerda. Alcunhavam os sociais-democratas, seus aliados naturais, de "sociais-fascistas".
Apostaram todas as suas fichas em que, contribuindo para a derrubada do governo democrático, seriam eles a conquistar o poder, vencendo a batalha subsequente contra os nazistas.
Mas perderam, condenando a Alemanha à barbárie hitlerista e os outros povos aos horrores da II Guerra Mundial.
Quem não aprende com as lições da História, tende a cometer novamente os mesmos erros. Quase sempre trágicos.
3 comentários:
Olá Celso!
venho por meio deste comentário pedir vosso auxílo a uma nova questão que estão explorando sobre a Dilma.Por enquanto é via e-mail mas não se pode negar que a estória venha a crescer.É o seguinte:recebi um e-mail sobre um tal de Mario Kosel Filho que supostamente seria filho de um militar morto por uma carga explosiva durante o regime da ditadura militar.Uma das ocupantes do carro que jogou a bomba seria também supostamente a Dilma.Claro que estou achando a estória uma armação.Existem indícios no texto que indicam uma montagem absurda devido ao contexto das colocações.Mas, devido ao seu conhecimento e participação na luta não me ocorreu outro nome na cabeça que pudesse me auxiliar a pelo menos buscar elementos para dar contrapartida na estória.Será que vc poderia me auxiliar com a indicação de alguma coisa nesse sentido?
Obrigado.
Maurício - Santos - Industriário
Companheiro,
as duas vítimas mais exploradas pelas viúvas da ditadura, que têm bem poucas para exibir, são esse Mário Kozel Filho e o tenente Alberto Mendes Jr.
O caso é o seguinte:
- um comandante militar desafiou os "terroristas" a enfrentá-lo cara a cara;
- a VPR infantilmente resolveu responder com uma bravata, soltando um carro-bomba ladeira abaixo, em direção ao quartel;
- o sentinela, esse tal Kozel, surpreendido com o surgimento daquele veículo sem motorista, cometeu a imprudência de tentar abrir a porta e foi pelos ares;
- isto aconteceu em meados de 1968, quando a Dilma militava no Colina, em Minas Gerais;
- só UM ANO DEPOIS o Colina se fundiu à VPR, formando a VAR-Palmares;
- até então a Dilma nunca tinha travado contato com nossa organização.
Se você procurar nas buscas do Google, poderá achar tudo isso. De qualquer forma, se for necessário, eu expando isto, dando datas, etc.
O certo é que tudo não passa de uma farsa tão primária quanto aquela da ficha falsa.
Abs.
Discordo da suas observações sobre o Lula mas o admiro por sua história e honestidade sua luta, por causa deste recado em resposta ao maurício vejo que, você ao contrário de César Benjamim, é honesto. Bom fds
Favor entregar este redado ao Lula e à Dilma
E se estende a todos vocês do Blog do Planalto
bem como aos seus leitores e leitoras, convido-vos para a abertura dos portões do inferno à zero hoje de amanhã hoje. Mais aqui
http://josecarloslima.blogspot.com/2010/03/shows-no-purgatorio.html
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