Rios de dinheiro estão sendo investidos na tentativa de enfiarem pela goela dos brasileiros abaixo o horroroso futebol estadunidense – aquele esporte de brutamontes com armaduras dando trombadas uns nos outros, cujas paralisações para cobrar faltas acontecem a cada 10 segundos, entediando até um frade de pedra.
No shopping do meu bairro, o cinema exibe em tempo real a mesma porcaria que o canal ESPN transmite, só que numa tela enorme. Tenho ganas de imprimir diplomas de otário e entregar a cada dito cujo que pagar ingresso para assistir a essa besteira.
Uma senhora me deu, enquanto eu esperava o semáforo abrir, uma edição do jornal Metro, que é distribuído nas estações de metrô de São Paulo. Mais tarde fui ver e era, sob patrocínio, inteiramente dedicada ao tal do Super Bowl, que, desculpem-me a vulgaridade, está mais para uma super bosta...
Se a avalanche promocional/publicitária conseguir impingir-nos até isso, vou avaliar com carinho a possibilidade de ir viver num país cuja população não seja um plastic people que a indústria do entretenimento molda como bem entender.
E, aos argentinos com os quais cruzar, direi que tinham toda razão em nos chamarem de macaquitos dos americanos.
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